Os veículos automotores geram lucros absurdos para as montadoras. Mas você tem ideia de quanto as fabricantes ganham, por segundo, com a produção? Para tirar essa dúvida, o site canadense VisualCapitalist.com elaborou um estudo com base na receita das 19 maiores fabricantes do mundo, que produziram, só em 2019, mais de 92 milhões de unidades. No topo do pódio, o Grupo Volkswagen registra faturamento equivalente a R$ 52 mil!
Os dados, baseados em números de 2019, apontam a gigante alemã na liderança. O conglomerado afirma receita bruta de US$ 290,2 bilhões – mais de R$ 1,6 trilhão na conversão direta. Traduzindo, a média é de US$ 9.202,88 por segundo. O valor é equivalente a R$ 51.495.
Em segundo lugar vem a Toyota, com US$ 8.634,58 (mais de R$ 48 mil). A terceira posição do ranking fica com a Ford, que fatura US$ 4.946,73 (R$ 27.670). A Tesla, mesmo com o título de montadora mais valiosa do mundo, ficou na última posição do ranking, com o 19º lugar.
De acordo com a publicação, há vantagens óbvias para Volkswagen e Toyota quando os dados são comparados com a concorrência. O grupo alemão, por exemplo, foi quem mais vendeu, no mundo, nos últimos anos. Sem contar o portfólio abrangente de marcas e serviços, que vai de carros de passeio e motocicletas a veículos comerciais.
No Grupo Volkswagen, só a divisão de serviços financeiros gerou receita de US$ 44,4 bilhões no período. No total, foram quase 11 milhões de veículos vendidos no ano passado – número que superou 2018 em 1,3%, gerando novo recorde para o próprio grupo.
Boa parte dessa produção é feita na Europa, porém, há forte atuação global, com presença na Ásia, América do Sul e, claro, Brasil, onde possui as plantas de São José dos Pinhais (PR) e os complexos paulistas de São Bernardo do Campo, São Carlos e Taubaté. A montadora alemã investiu pesado também na China, onde quer focar sua e produção de veículos elétricos.
Toyota
Com portfólio bem menor que a concorrente, a Toyota tem sob o seu guarda-chuva apenas a Lexus. A pesquisa aponta que um dos motivos para a boa colocação é o equilíbrio da divisão das receitas de 2019 por região. A marca japonesa tem 30% do montante na América do Norte, 25% no Japão e 11,5% na Europa. O restante vai para os demais mercados. Só a Ásia detém 18%.
Em 2019, a Toyota vendeu 10,7 milhões de veículos no mundo – quase 1,4% a mais que no ano anterior. Mas sua popularidade foi conquistada ao longo de anos de dedicação, com foco em reputação e confiabilidade. No Brasil, por exemplo, marca japonesa é sinônimo de durabilidade. E isso se deve, em muito, à Honda e Toyota, que sempre se preocuparam em oferecer boa mecânica em detrimento até de quesitos como beleza ou inovação.
Outras fontes de faturamento
Quando se fala em montadora, logo se pensa em carro. Mas cabe salientar que muitas delas bebem de outras fontes para gerar receita. A Honda, por exemplo, produz motocicletas, motores de barco, e até aviões. A Peugeot, já chegou a investir, inclusive, em piano. E a Porsche, injeta esforços também na fabricação de produtos que compõem a grife Porsche Design, com canetas, relógios, miniaturas, etc.
E não para por aí. A promessa é de que esse ranking possa se embaralhar num curto período de tempo. Afinal, investimento em tecnologias e até venda de créditos de carbono (para empresas que não conseguem cumprir cotas impostas por governos sobre vendas de carros elétricos) passam a entrar nessa conta. Só entre abril e junho, a Tesla ganhou US$ 428 milhões (R$ 2,3 bi) com essa modalidade. O número representou 7% de sua receita total no período.