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Koenigsegg Jesko tem câmbio automatizado com oito embreagens
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Koenigsegg Jesko tem câmbio automatizado com oito embreagens

Hiperesportivo sueco, o Jesko adota sistema que permite trocar de marchas de forma não-sequencial

Emily Nery, special para o Jornal do Carro

18 de set, 2020 · 4 minutos de leitura.

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KOENIGSEGG JESKO
Crédito:KOENIGSEGG

Alguns modelos oferecidos no mercado como Volkswagen Tiguan Allspace, Hyundai New Tucson e Audi A3, por exemplo, vêm equipados com o câmbio de dupla embreagem. A sueca Koenigsegg foi mais longe no Jesko e apostou em oito delas. A caixa de câmbio leva o curioso nome de Light Speed Transmission, referência a uma “transmissão na velocidade da luz”.

O hiperesportivo lançado em março de 2019, não tem muitos parâmetros. Na verdade, ele quer ser o pioneiro. Dessa inovação surgiu a Light Speed Transmission, que permite basicamente mudar para qualquer marcha que desejar, sem a necessidade de passar em sequência.



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A transmissão utiliza oito atuadores, acopladores hidráulicos e sensores de pressão. Na realidade, são sete embreagens, mas a oitava atua diretamente no diferencial eletrônico, e está sempre ativa. Excluindo um atuador que funcionará para a marcha ré, as demais são distribuídas nos três eixos de transmissão. Logo, duas embreagens por eixo e três engrenagens que funcionam em pares.

Aliás, o volante de inércia, que serve para armazenar energia mecânica, não equipa o Jesko. E nem há necessidade. O virabrequim do incrível motor V8 biturbo de 5 litros e 1.600 cv é acoplado diretamente ao eixo de entrada da transmissão.

Como mencionado anteriormente, essa engenhosidade permite a troca de marchas de forma não-sequencial. Caso queira mudar da 7ª marcha para a 4ª, por exemplo, não precisa passar para a 6ª, 5ª e então a 4ª, como é o padrão. O sistema permite que a troca seja quase simultânea, “na velocidade da luz”, sem qualquer perda de torque.


De acordo com a Koenigsegg, a mudança acontece em 20 a 30 milissegundos. Já as embreagens podem abrir e fechar em cerca de 2 milissegundos. Para surpreender mais um pouco, a LST pesa apenas 90 kg. Ante ao peso total do modelo, de 1.400 kg.

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Saiba mais sobre o Koenigsegg Jesko

O supercarro foi apresentado no ano passado, no Salão de Genebra, na Suíça. O modelo sueco possui motor V8 biturbo de 5 litros que rende 1.600 cv e torque de 153 mkgf. A transmissão é automática de nova marchas. O Jesko tem uma carga aerodinâmica 30% superior à do One e 40% superior à do Agera RS. Isso quer dizer que, em sua velocidade máxima de 482 km/h, o carro consegue gerar 1.400 kg de downforce.


A Koenigsegg afirma que o modelo ficará limitado a apenas 125 unidades, que já estão esgotadas. O preço oferecido para ter um máquina sueca como essa em casa, é de R$ 2,7 milhões de euros, ou cerca de R$ 17 milhões, em conversão direta, sem impostos.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”