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Mitsubishi vai parar de produzir o elétrico i-MiEV após 11 anos
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Mitsubishi vai parar de produzir o elétrico i-MiEV após 11 anos

Lançado em julho de 2009 no Japão, o pequeno hatch foi o primeiro elétrico produzido em massa

Diogo de Oliveira, special para o Jornal do Carro

21 de set, 2020 · 3 minutos de leitura.

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i-miev
MITSUBISHI i-MiEV
Crédito:MITSUBISHI

Após mais de uma década, a Mitsubishi vai encerrar a produção do i-MiEV, primeiro carro elétrico feito em massa no mundo. Lançado em julho de 2009 no Japão, o pequeno hatch movido a baterias foi inicialmente vendido a frotistas, e depois estreou para o público geral. Segundo o portal japonês Nikkei, a marca vai aposentar o modelo por causa das baixas vendas e por estar ultrapassado.

De acordo com a publicação oriental, apenas 32 mil unidades do i-MiEV foram vendidas desde o lançamento. O volume é minúsculo se comparado as mais de 500 mil unidades emplacadas pelo Nissan Leaf, lançado em 2010. Uma das explicações para a baixa demanda é a autonomia de 160 km. Rapidamente ela foi superada por muitos rivais que chegaram ao mercado nos últimos anos.



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Não havia dinheiro para desenvolver o i-MiEV

Sem receber uma atualização sequer desde 2009, o i-MiEV mantém a mesma configuração da estreia. Instalado sob o capô, tal como nos carros a combustão, o motor elétrico entrega 64 cv de potência e um bom torque de 18,3 mkgf. Segundo a Mitsubishi, a velocidade máxima é de 130 km/h. O pacote de baterias de íon de lítio fica montado sob o assoalho e tem capacidade de 16 kWh.

“Não tínhamos dinheiro e pessoal suficientes para continuar investindo no desenvolvimento de veículos elétricos”, reconheceu um executivo da Mitsubishi (não identificado) à Nikkei.

Presente em mais de 50 países, o i-MiEV nunca veio ao Brasil e não terá um sucessor ‒ o que também encerrará a oferta do Citroën C-Zero e do Peugeot iOn, ambos derivados do japonês. A Mitsubishi vai seguir a nova filosofia da aliança com Renault e Nissan, e deixará seu próximo elétrico nas mãos da conterrânea. A previsão é de que o modelo da marca dos três diamantes seja lançado em 2023.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”