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Detran-SP aponta que excesso de velocidade é a infração mais cometida por quem perde a CNH
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Detran-SP aponta que excesso de velocidade é a infração mais cometida por quem perde a CNH

Estacionar em local proibido e avançar o sinal vermelho são a 2ª e 3ª faltas mais cometidas pelos condutores que perdem a CNH, aponta levantamento do órgão de trânsito paulista

Diogo de Oliveira, special para o Jornal do Carro

15 de out, 2020 · 3 minutos de leitura.

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Excesso de velocidade é a infração mais cometida por quem perde a CNH
Crédito:Epitacio Pessoa/Estadão

O excesso de velocidade é a infração mais cometida por motoristas que perderam a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Estado de São Paulo. É o que apontou o levantamento feito pelo Detran-SP com 18.171 condutores que fizeram o curso de reciclagem promovido pelo órgão de trânsito entre 2017 e 2020. Ao todo, 7.084 motoristas (46,2%) confessaram ter dirigido acima da velocidade permitida.

Os dados são da pesquisa de perfil feita pela Escola de Trânsito do Detran-SP. O órgão aplica curso de reciclagem para infratores. Segundo o levantamento, a maioria são homens com idade entre 25 e 39 anos. Deste total, 16% deles são reincidentes, ou seja, que já fizeram cursos de reabilitação no passado.

Um dado relevante do estudo é o nível de experiência elevado. Segundo o Detran-SP, 72% dos motoristas infratores do Estado são habilitados há mais de 10 anos.

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Outras infrações que custaram a perda da CNH

Além de exceder a velocidade, os condutores entrevistados confessaram outros delitos ao volante. O segundo mais comum é estacionar ou parar em local proibido, infração cometida por 2.092 participantes (13,6%). Já a terceira maior violação é o avanço do sinal vermelho, ato reconhecido por 404 motoristas (2,6%) entrevistados, seguida por usar o celular ao volante (395 condutores ou 2,5% do total).

Há duas formas de os motoristas perderem o direito de dirigir. Primeiro, após acumular mais de 20 pontos na carteira em um período de um ano. Segundo, quando comete uma ou mais infrações suspensivas, como dirigir embriagado, fugir do local do acidente ou participar de um racha.

A CNH pode ainda ser cassada se o condutor estiver com a permissão de dirigir suspensa e for flagrado ao volante.


Entre 2017 e 2020, mil condutores perderam a Carteira Nacional de Habilitação.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”