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Preço médio da gasolina sobe e pode voltar a bater recorde
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Preço médio da gasolina sobe e pode voltar a bater recorde

Média nacional do combustível atinge R$ 4,56 e se aproxima do valor apresentado em janeiro, quando foi registrado o preço mais caro do ano

Emily Nery, para o Jornal do Carro

19 de out, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Crédito:Marcello Casal Jr | Agência Brasil

Durante os primeiros meses da quarentena os preços da gasolina e do etanol despencaram. No entanto, a situação rapidamente virou contra o consumidor. A análise do Índice de Preços Ticket Log (IPTL) revela que o preço da gasolina variou quase 18% no ano e se aproxima de R$ 4,71, valor oferecido em janeiro, mês em que a média foi a mais cara no ano.

Na média nacional, o valor mais baixo vendido pelo litro da gasolina foi registrado em maio, por R$ 4,005. O etanol era vendido por R$ 3,20. Cinco meses depois, o preço do combustível fóssil deve atinge R$ 4,56, enquanto o etanol sai por R$ 3,49. Para o diesel, que já foi vendido em média por R$ 3,23, custou na primeira quinzena de outubro R$ 3,65.

Gasolina mais cara e etanol mais barato estão no Centro-Oeste

É na região Centro-Oeste onde está a gasolina mais cara do País, que custa em média R$ 4,67. Em contrapartida, é por lá que se encontra o etanol mais barato do Brasil, oferecido por R$ 3,18. Na região Sul é onde se acha a gasolina mais barata das cinco regiões, onde é comercializado por R$ 4,36 nas bombas. Do outro lado do país, a região Norte é o local onde se vende o etanol mais caro, por R$ 3,71.

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A média da região Norte também é a maior do Brasil em relação ao diesel e ao diesel S-10, onde são encontrados por R$ 3,88 e R$ 3,93, respectivamente.

Região Sudeste tem contraste de valores

Na região sudeste, a média de preços do etanol para a primeira quinzena de outubro foi de R$ 3,31, já a gasolina foi encontrada por R$ R$ 4,58. Esses valores demonstram aumento de 0,15% e 0,61%, respectivamente. O contraste da região fica evidente se compararmos os preços entre São Paulo e Rio de Janeiro, cuja diferença é de 70 centavos (R$ 4,21 em SP e R$ 4,91 no RJ). O Estado fluminense carrega a vice-liderança nacional da gasolina mais cara e só fica atrás do Acre, onde o combustível é comercializado por R$ 5,07.

Petrobras aprova reajuste no preço do combustível

Mesmo com os preços bem mais altos do que nos meses de abril e maio, a Petrobras aprovou no dia 9 deste mês, um reajuste médio de 4% no preço da gasolina e 5% no diesel em suas refinarias. Na prática, esse preço equivale a R$ 0,07 para gasolina e R$ 0,08 para o diesel por litro. O novo valor está em vigor desde o dia 10.


A empresa justifica a queda nos preços dos combustível neste ano. O valor da gasolina, por exemplo, está 5,3% mais barato do que em janeiro.



 

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”