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Chevrolet Classic faz 25 anos de sucesso com direito a mudança de nome e foco na simplicidade
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Chevrolet Classic faz 25 anos de sucesso com direito a mudança de nome e foco na simplicidade

Modelo foi lançado em novembro de 1995 como Corsa Sedan e é considerado o três volumes de maior sucesso da Chevrolet; foram mais de 1,6 milhão de unidades

Vagner Aquino

09 de nov, 2020 · 5 minutos de leitura.

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Chevrolet Corsa Sedan foi rebatizado em 2002
Crédito:Chevrolet/Divulgação
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Depois de tantos anos ofertando o Chevette ao consumidor brasileiro, chegava a hora de a Chevrolet lançar um modelo mais moderno e inovador no mercado. Foi aí que, por meio de um trabalho da engenharia da General Motors do Brasil, nascia o Corsa Sedan. A missão era árdua, afinal, não seria fácil substituir um veículo de sucesso, que produziu mais de 1 milhão de unidades ao longo de seus 20 anos de vida útil.

O Corsa Sedan pegou emprestado a plataforma do irmão hatch, nascido um ano antes com base no Opel Corsa B segunda geração. Cabe salientar que a família era, ainda, composta pelo modelo quatro portas, pela perua Wagon e, também, a configuração Pick-Up. Respectivamente, os dois últimos entravam no lugar da Marajó e da Chevy 500.

Como principais características, o Corsa Sedan mantinha a mesma cara da configuração base, porém, contava com coluna C mais inclinada (e reforçada) e um visual traseiro completamente novo. O porta-malas (um dos principais atributos do Chevette) foi de 260 litros (hatch) para 390 litros (sedã). No total, o comprimento cresceu em 30 centímetros – chegando a 4,18 metros.

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Chevrolet/Divulgação

No mais, o modelo trazia atrativos que iam além de linhas arredondadas. Tinha motor com injeção eletrônica de combustível, a boa distância entre-eixos de 2,49 metros (a mesma do hatch) e para-choques pintados na cor da carroceria. Na configuração base, o componente era pintado em preto.

Motorização do Corsa Sedan

Inicialmente, em novembro de 1995, o Corsa Sedan , nas versões GL e GLS, utilizava o motor 1.6 EFI 8V que equipava a versão picape. E foi por meio da injeção eletrônica multiponto (MPFI) que o sedãzinho foi capaz de desenvolver 92 cv – eram 79 cv na picape. A velocidade máxima divulgada pela GM era de 176 km/h.


Para auxiliar a locomoção, estava disponível, de início, apenas o câmbio manual de cinco marchas. Entretanto, em agosto de 1997, a montadora apresentava a opção com câmbio automático de quatro marchas para o três-volumes.

Os equipamentos oferecidos pelo novato faziam a diferença à época. Comando elétrico para travas e vidros, faróis de neblina e rodas de liga leve com 14 polegadas estavam na lista da versão topo de linha. Como opcionais, ar-condicionado, direção hidráulica e freios ABS eram diferenciais.

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Chevrolet/Divulgação

Chevrolet passa a disponibilizar opção 1.0

Mas foi em 1998 que o Corsa Sedan passou a oferecer uma versão com motor 1.0. Foi batizada com o sobrenome Super. No ano seguinte, chegou a primeira reestilização do modelo, com pequenas alterações de estilo, e um novo motor de 1 litro, com 16V e 10 cv a mais.

Mas foi em 2002 que chegou a nova geração do Corsa. Tanto hatch quanto o sedã ficaram, mais uma vez, alinhados à oferta europeia. Contudo, isso não foi suficiente para tirar o velho sedã de linha.

Rebatizado como Chevrolet Corsa Classic (apenas Classic um ano depois), o três-volumes viveu até agosto de 2016, quando custava a partir de R$ 32.670. Sua única motorização, desde 2007, era a 1.0 VHC E, de 70 cv.


O responsável oficial por substituir o sedã compacto foi o Prisma Joy, que mantinha o visual do Onix de primeira geração, mas não repetiu o mesmo sucesso. Afinal, o derivado da família Corsa é considerado o sedã mais vendido da General Motors do Brasil de todos os tempos, com aproximadamente 1,6 milhão de unidades comercializadas entre 1995 e 2016.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”