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Novembro é o melhor mês para o setor de veículos em 2020
Mercado

Novembro é o melhor mês para o setor de veículos em 2020

Dados da Anfavea mostram que produção e exportações superaram novembro de 2019, mas mercado nacional ainda está 7,1% abaixo

José Antonio Leme

07 de dez, 2020 · 3 minutos de leitura.

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anfavea
MERCADO MANTÉM REAÇÃO EM NOVEMBRO
Crédito:FCA

O mês de novembro do mercado automotivo interno fechou em 225.010 unidades emplacadas. É uma alta de 4,6% em relação a outubro. Se comparado a novembro de 2019, isso representa uma queda de 7,1%. No acumulado do ano foram emplacados 1.814.470 exemplares. É 28,1% a menos que em relação ao mesmo período de 2019.

O balanço do mês de novembro foi divulgado pela Anfavea, associação reúne os fabricantes nacionais. Segundo os dados, o mês manteve a alta do segundo semestre. A data coincide com a retomada gradual de operações.

O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, vê ainda um risco de paralisação por falta de peças. Outras questões é a pressão pelo câmbio e insumos. “Tudo isso vem prejudicando uma retomada mais rápida da indústria”, disse. Para 2021, a expectativa é de melhor ambiente para negócios com o controle da dívida pública e reformas econômicas, completou.

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Produção e exportação

Exportações e produção superaram os números de novembro de 2019. Foram exportados e produzidos 44.007 unidades e 238.200 unidades, respectivamente. É o melhor dado de exportação desde agosto de 2018. A justificativa é o represamento de envios dos últimos por conta da pandemia e antecipação por causa do final do ano. No acumulado, as exportações (285.925) continuam 28,4% menores que em 2019.

A produção ainda sofre pela necessidade de redução de pessoal para atender os protocolos sanitários e também a falta de componentes e insumos. Foram produzidas 238.200 unidades – 0,7% a mais que outubro, menos do que o necessário para atender a demanda.

A Anfavea diz também que o número é 4,7% maior que novembro do ano passado. A diferença é que na época havia estoque de 330 mil veículos. Hoje, o número não passa de 120 mil entre fábricas e na rede. Esse número é suficiente para 16 dias de vendas. No acumulado do ano, a produção é de 1.804.759 unidades. Isso é 35% inferior ao mesmo período de 2019.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”