Embora represente 1% do mercado nacional, o segmento de carros elétricos demonstra um tímido crescimento no Brasil. Entretanto, essa situação pode mudar. Isto porque Minas Gerais abrigará o Colossus Cluster, primeiro polo de produção de bateria de íons de lítio e componentes para veículos elétricos.
Na terça-feira (15), oito empresas do Vale do Silício (EUA), que formam uma joint-venture, assinaram o acordo com o governo estadual mineiro. O investimento de US$ 3,5 bi prevê a construção de fábricas voltadas para a produção de baterias de lítio, bem como componentes necessários para um modelo elétrico. Planos futuros incluem a fabricação de veículos elétricos de passeio e utilitários.
O Colossus Cluster ficará próximo ao Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte e tem previsão de iniciar as obras no segundo semestre de 2021 para começar a operar em 2022.
De acordo com o Diário do Comércio, Eduardo Javier Muñoz, CEO da montadora Bravo Motor Company, afirma que “Nossa escolha por investir em Minas Gerais tem muita relação com o posicionamento do Estado como polo de atração de investimentos, inovação e tecnologia.”
Para a implementação, Muñoz garante que as negociações com a concessionária que administra o aeroporto, a BH Airport, estão em andamento. Em princípio, a área do projeto terá 46 hectares (460 mil metros quadrados), porém o programa abrange uma área de expansão. Segundo o executivo, a capacidade produtiva do complexo será de 35 gigawatts em baterias.
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Inscreva-seIdeia não é pioneira
Em maio deste ano, a empresa britânica Oxis Energy em conjunto a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e a Mercedes-Benz assinaram um contrato para instalação da primeira fábrica de baterias de lítio-enxofre do mundo.
O contrato certifica a locação de 15 anos no parque industrial de Juiz de Fora (MG), região na qual a Mercedes-Benz tem de uma fábrica.
A Oxis Brasil, fruto da parceria, tem estimativa de inauguração em 2023, quando deve produzir cerca de 300 mil baterias por ano. A capacidade, entretanto, poderá crescer para até 5 milhões ao ano.