“Revolução civilizacional”. Este foi o termo usado pelo príncipe saudita Mohammed bin Salman como argumento de defesa durante apresentação do empreendimento “The Line” (A Linha, em português). A construção, sediada na região de Neom, tem por base ser uma cidade livre de carros, estradas e emissões de poluentes. E a construção já começa agora, no primeiro trimestre.
A área, que fica no noroeste da Arábia Saudita, é capaz de acomodar 1 milhão de habitantes. São 170 quilômetros de comprimento e a promessa é preservar 95% das áreas naturais, conforme apontou o príncipe herdeiro durante comunicado transmitido pela televisão.
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De acordo com ele, The Line terá um aporte de US$ 500 bilhões (aproximadamente 2,7 trilhões) em investimentos por parte do Fundo Saudita de Investimento Público (PIF). Trata-se do principal instrumento da política de diversificação econômica do país. A ideia é de que a construção da cidade sem carros dure 10 anos.
Outros números da nova cidade
Pelo projeto, a cidade será responsável pela criação de 380 mil empregos. Informações apontam que a contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) local está estimada em 180 bilhões de riyals (moeda da Arábia Saudita). O valor se aproxima de R$ 260 bilhões.
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A ideia do príncipe herdeiro da maior economia do mundo árabe é, entretanto, diversificar as fontes do país e a dependência excessiva do petróleo. Até hoje, a Arábia Saudita move-se pela exportação do produto.
Detalhes sobre o megaprojeto ainda não foram confirmados, mas o príncipe herdeiro acrescentou que nenhuma viagem dentro de The Line levará mais de 20 minutos. bin Salman afirma que ela será construída em torno de um “trânsito de ultra-alta velocidade”. Terá, aliás, um dos maiores aeroportos do mundo, afirma-se.
Tecnologia em alta
Pelo que se nota nas imagens computorizadas, todavia, a ideia é mesclar muito verde. Nos planos, no entanto, há paisagens de desertos primitivos e uma infinidade de serviços. Entre eles: escolas, centros de saúde, transportes públicos de alta velocidade, etc. De acordo com o comunicado de imprensa, contudo, o novo centro urbano se baseia em tecnologias de inteligência artificial (IA), com equipamentos movidos a energia renovável e baixo impacto de carbono. Assista o vídeo (abaixo).
