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Porsche Taycan ganha versão de entrada com tração apenas traseira
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Porsche Taycan ganha versão de entrada com tração apenas traseira

Chamada apenas de Taycan, nova versão do superesportivo elétrico da Porsche custa o equivalente a R$ 423 mil e entrega 408 cv de potência

Diogo de Oliveira, Especial para o Estado

24 de jan, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Porsche lança nova versão de entrada do superesportivo elétrico Taycan
Crédito:Porsche/Divulgação

Com pouco mais de um ano de mercado, o Porsche Taycan é um sucesso de vendas. Toda a produção do esportivo elétrico já está encomendada nos próximos meses. Apesar disso, a marca alemã acaba de ampliar o portfólio do modelo com a chegada da nova versão básica.

Chamada apenas de Taycan, a configuração completa a gama ao lado das versões 4S, Turbo e Turbo S. Entretanto, o modelo de entrada chega com preço razoavelmente menor, a partir de US$ 79.900 ou aproximadamente R$ 423 mil na conversão direta, sem tarifas.

Porsche Taycan ganha nova versão de entrada mais leve e com até 476 cv de potência
Porsche/Divulgação

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Por esse valor, a conclusão óbvia é de que ter um carro elétrico ainda custa muito dinheiro, sobretudo se for um modelo de alto desempenho como o Porsche Taycan. Contudo, a redução em relação ao Taycan 4S, que custa a partir de US$ 103.800 (cerca de R$ 550 mil), é substancial.

Mais barato e leve

O Porsche Taycan de entrada não deve nada às demais versões em design. No entanto, o esportivo perdeu conteúdos, o que acabou por reduzir o seu peso em consideráveis 200 kg. Segundo a Porsche, a dieta se deve, em grande parte, ao sistema de tração apenas traseira.

Porsche Taycan ganha nova versão de entrada mais leve e com até 476 cv de potência
Porsche/Divulgação

Entretanto, o Taycan basicão traz o mesmo pacote de baterias e motor da versão intermediária 4S. Bem como a transmissão automática presente em toda a linha. O pacote Performance Battery, portanto, possui 79,2 kWh e uma taxa de carga de até 225 kW para estações de alta voltagem.

Além dele, os clientes podem adquirir opcionalmente o mais robusto Performance Battery Plus, com 93,4 kWh e taxa de até 270 kW, o que, segundo a montadora, permite encher 80% das baterias em 22 minutos. Nos testes realizados, as autonomias são de 431 km e 484 km, na ordem.



Até 476 cv de potência

Apesar de mais barato, o Taycan basicão não deverá desempenho perante os demais. A Porsche trabalhou pesado para deixar o superesportivo de entrada com performance compatível. A marca inclusive anuncia que o Taycan é o Porsche de entrada mais rápido da história.


Segundo a Porsche, o supercarro elétrico acelera de zero a 100 km/h em 5,1 segundos independente do pacote de bateria instalado. Todavia, os números de potência e torque mudam. Com a bateria de 79,2 kWh, são até 408 cv. Já com o pacote de 93,4 kWh, a potência máxima vai a 476 cv.

Porsche Taycan ganha nova versão de entrada mais leve e com até 476 cv de potência
Porsche/Divulgação

Em ambos os casos, a cavalaria atinge o ápice no modo Overboost com o controle de largada acionado. Ou seja, o ajuste padrão oferece potências menores, o que ajuda a preservar a bateria. São 326 cv e 380 cv, respectivamente, graças aos pacotes de baterias de alta performance.


O novo Porsche Taycan com tração apenas traseira já pode ser encomendado nos Estados Unidos. O detalhe mais legal é que os clientes poderão acompanhar a produção do veículo por meio de aplicativo no celular, com atualizações a cada etapa. Tempos modernos.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”