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Adeus, Etios: Toyota anuncia fim da linha de compactos no Brasil após 9 anos
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Adeus, Etios: Toyota anuncia fim da linha de compactos no Brasil após 9 anos

Lançado no fim de 2012, o Toyota Etios inaugurou a fábrica de Sorocaba (SP), onde seguirá sendo produzido apenas para exportação

Diogo de Oliveira, Especial para o Estado

03 de mar, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Toyota Etios 2020
Toyota anuncia o fim das vendas do Etios, que se aposenta no Brasil após 9 anos, mas seguirá em produção para abastecer países vizinhos do Mercosul
Crédito:Toyota/Divulgação

A partir de abril, a Toyota vai encerrar as vendas do Etios no Brasil. A montadora informou a decisão em nota. Tal como antecipamos no Jornal do Carro, o fim da linha de compactos, oferecida com carrocerias hatch e sedã desde 2012, abre espaço para a chegada do inédito Corolla Cross, o primeiro SUV da marca feito no Brasil.

Entretanto, o Etios continuará sendo feito em pequenos volumes na fábrica de Sorocaba (SP). Isso porque a marca vai continuar a vender o hatch e o sedã compactos em outros países da América do Sul. Portanto, o Etios está vivo, embora não haja possibilidade de atualização no horizonte. Portanto, a linha Yaris vai assumir o posto de carro de entrada da Toyota no Brasil.

Toyota Etios 2020
Toyota/Divulgação

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Missão mais do que cumprida

O Etios inaugurou a fábrica de Sorocaba, no interior de São Paulo, no fim de 2012. E foi posicionado como opção de entrada da Toyota no País. Em 2017, vendeu mais de 73 mil unidades somando as versões hatch e sedã. Porém, em 2018 o compacto perdeu o protagonismo para o Yaris. A linha veio para atender quem buscava um carro mais sofisticado (e bonito) abaixo do Corolla.

Toyota Etios 2020
Toyota/Divulgação

De toda forma, como produto, o Etios encerra a carreira na sua melhor forma. O desenho mudou pouco em nove anos, mas as várias mudanças feitas na cabine deixaram o compacto bem mais simpático. E até moderno. A mais recente novidade veio em 2020. Trata-se do multimídia Toyota Play+, com tela de 7 polegadas e sistemas Android Auto e Apple CarPlay.


Toyota muda de foco no Brasil

Na última década, a Toyota investiu pesado para ganhar volume de vendas no Brasil. E o Etios foi fundamental para isso. O Yaris só chegou em 2018, e também veio reforçar a presença da marca no segmento de compactos. Contudo, o novo ciclo da Toyota vai ser bem diferente do anterior. Agora, a marca vai apostar na produção de um SUV médio com alto valor agregado e muita tecnologia embarcada. Ou seja, no Corolla Cross.



toyota corolla cross vai aposentar o Etios
Toyota/Divulgação

Enquanto o Etios estreou em 2012 custando cerca de R$ 30 mil (em outro cenário para o País, vale dizer), o novo Corolla Cross deve ter preços a partir de R$ 130 mil. Assim, ficará posicionado acima do sedã Corolla, que é o automóvel mais vendido da Toyota no Brasil. O inédito SUV já está em produção na fábrica de Sorocaba, e será lançado no dia 11 de março.


Pós-vendas do Etios continua

Os donos de Etios hatch e sedã vão continuar contando com o suporte da rede de concessionárias da Toyota. Nesse sentido, devem continuar a fazer as manutenções sugeridas no manual do proprietário. Ao todo, foram feitas 620 mil unidades da linha Etios nos nove de presença no País. Desse total, 180 mil foram exportadas.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”