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Ford Explorer pode voltar ao Brasil em versão híbrida após hiato de 20 anos
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Ford Explorer pode voltar ao Brasil em versão híbrida após hiato de 20 anos

Vendido por aqui na década de 1990, o Ford Explorer pode regressar na recém-lançada 6ª geração e com mecânica híbrida plug-in

Diogo de Oliveira, Especial para o Estado

06 de mai, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Ford Explorer 2021
SUV Ford Explorer foi um dos carros híbridos plug-in testados pela revista alemã Autobild
Crédito:Ford/Divulgação

A Ford segue reestruturando a operação brasileira após encerrar a produção de veículos no país. A nova fase como importadora começou com as estreias da picape Ranger Black e do esportivo Mustang Match 1. Outro que está chegando do México no meio do ano é o Bronco Sport. E a marca pode ter ainda um outro SUV conhecido dos brasileiros: o Explorer.

Vendido no Brasil na década de 90, o Ford Explorer fez sucesso por aqui e até hoje há unidades da primeira geração do modelo, de 1991, circulando no país. Entretanto, a marca do oval azul acabou encerrando a oferta do modelo uma década depois. Assim, a Ford se concentrou na produção de compactos, como a linha Fiesta, bem como com o Ecosport.

Ford Explorer Plug-In Hybrid
Ford/Divulgação

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Mas passados 20 anos, a montadora mudou totalmente o foco, e, agora, planeja oferecer ao público brasileiro apenas veículos premium. E é por causa disso que o Explorer pode acabar no Brasil. O SUV grande de 7 lugares ganhou sua 6ª geração em 2020, e apresenta as últimas novidades da marca em tecnologia. Uma delas, a versão híbrida plug-in.

Um hiato de 20 anos

O Ford Explorer esteve no Brasil na primeira e segunda gerações. Depois, a marca só foi ter um SUV grande à venda no país com o lançamento do Edge, já no fim dos anos 2000. Caso tenha o passaporte carimbado, o utilitário deverá ser um dos modelos de topo da nova gama da montadora. Atualmente, a versão ST custa cerca de R$ 470 mil na Europa.

Ford Explorer Plug-In Hybrid
Ford/Divulgação

Ford Explorer Plug-In Hybrid
Ford/Divulgação

O SUV é um típico carro de família nos Estados Unidos. Com mais de 5 metros de comprimento, o Explorer tem amplo espaço na cabine, podendo acomodar até 7 passageiros adultos. E com todos os mimos possíveis, com saídas de ventilação individuais, várias portas USB para carregar eletrônicos, além de bancos elétricos dianteiros com massageadores.

Outro destaque no modelo é a enorme tela multimídia de 12,3 polegadas na vertical, ao estilo dos carros elétricos da Tesla. Por sinal, o novo Ford Explorer é híbrido do tipo plug-in. Dessa forma, pode ser recarregado em tomadas comuns e em estações de carga rápida, oferecendo autonomia para rodar até 42 km em modo puramente elétrico, segundo a Ford.


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Desempenho esportivo

Além de rodar apenas com eletricidade, o Ford Explorer de 6ª geração entrega um tempero esportivo. O SUV grande combina um motor V6 de 3.0 litros com 363 cv de potência e 56,6 mkgf de torque a um motor elétrico que gera 102 cv e 30,6 mkgf. Assim, o utilitário conta com uma potência combinada de 457 cv, além de um torque estúpido de 84,2 mkgf.

ord/Divulgação

Tais números, quando colocados à prova, resultam em acelerações dignas de um automóvel esportivo. A despeito das cerca de 2,5 toneladas de peso total, o novo Explorer acelera de zero a 100 km/h em apenas 6 segundo. Além disso, atinge velocidade máxima de 230 km/h. Isso tudo com um consumo que pode chegar a cerca de 20 km/l de gasolina.

Ainda não é certo o retorno do Ford Explorer, mas digamos que o SUV de 7 lugares parece sob medida para a nova fase da marca no Brasil. Segundo a revista Quatro Rodas, o SUV tem boas chances de voltar.




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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”