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Não é só no Brasil: preço do carro 0-km fica, em média, R$ 10 mil mais caro nos EUA
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Não é só no Brasil: preço do carro 0-km fica, em média, R$ 10 mil mais caro nos EUA

Assim como no Brasil, preço do carro novo sobe cerca de 5,4% e fica até R$ 10 mil mais caro nos Estados Unidos na comparação com um ano atrás

Vagner Aquino, Especial para o Jornal do Carro

05 de jul, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Ford F-150 Brasil preço
Ford F-150 é registrada no Brasil
Crédito:Ford/Divulgação

Historicamente, é muito mais barato ter um carro nos EUA do que no Brasil. Entretanto, até o segundo maior mercado de veículos do mundo vem sofrendo uma situação que é corriqueira por aqui: a alta do preço. Um levantamento da Kelley Blue Book, especialista em precificação de carros novos e usados, apontou que os valores dispararam em maio, representando alta histórica nos comparativos mensal e anual.

O fenômeno aponta que o preço médio de um mesmo veículo aumentou em 5,4% na comparação com maio de 2020, quando a média era de US$ 41.263 (R$ 208,3 mil, na conversão direta). Ou seja, alta de US$ 2.125 (pouco mais de R$ 10,7 mil). Já em relação a abril, o aumento médio nos preços foi de 1,2%, conforme mostra a pesquisa da KBB.

O maior aumento percentual desde ano se deu no segmento que, por lá, é chamado de minivans (como a Kia Carvival, por exemplo), com 15,4% a mais que no ano anterior. SUVs de luxo e médios, e sedãs de luxo vêm na sequência, com altas de 10,4%, 10,1% e 8,9%, respectivamente.

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Novo Mitsubishi Outlander 2022
Divulgação/Mitsubishi

Marcas com carros mais caros

O estudo aponta, nesse sentido, que os maiores aumentos (ano a ano) nos preços médios ficaram com a Mitsubishi. Modelos da marca japonesa aumentaram 12% de preço quando comparados a 2020. Só o SUV Outlander saltou 5,6% no desempenho mês a mês. Na sequência, as maiores altas anuais se concentram em marcas da Stellantis (11,3%), General Motors (10,9%) e Honda (10,7%).

Curiosamente, a Ford — que tem o veículo mais vendido dos Estados Unidos, a F-150 — foi a única montadora em queda no mês a mês. Seu preço médio de transação caiu de US$ 47.031 (R$ 237,4 mil), em abril, para cerca de US$ 45.802 (R$ 231,2 mil), em maio.




O estudo também detalhou, por fim, as diferenças de preços em 23 diferentes categorias de veículos. Quase todos subiram, exceto os carros de alto desempenho. Neles a queda foi de 13,2%.

Os veículos elétricos, no entanto, caíram 10,8% no preço. Isso quer dizer que, hoje, existem veículos elétricos mais baratos à venda do que há um ano. Essa é a hora para quem quer colocar na garagem modelos como Ford Mustang Mach-E e Volkswagen ID.4, por exemplo.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.