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Sem Onix nas lojas, Chevrolet vende menos do que 6 fabricantes em junho
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Sem Onix nas lojas, Chevrolet vende menos do que 6 fabricantes em junho

Montadora vende 8.077 unidades em junho e, da segunda posição em março, cai para a sétima. Produção do Onix deve voltar só em 16 de agosto, segundo GM

Emily Nery, Especial para o Jornal do Carro

05 de jul, 2021 · 6 minutos de leitura.

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Além do Bluetooth e do Android Auto, linha Onix também perdeu o Wi-fi embarcado por falta de chips
Crédito:Chevrolet/Divulgação

A crise dos semicondutores está pegando para muitas montadoras de carros no Brasil. Mas nenhuma delas está sofrendo tanto quanto a General Motors. Sem fabricar o novo Onix e o sedã Onix Plus desde março, a GM despencou no ranking de vendas de veículos novos. Em junho, foi apenas a 7ª colocada, atrás de Fiat, Volkswagen, Hyundai, Toyota, Jeep e Renault.

Vale lembrar que a montadora norte-americana é a líder absoluta do mercado brasileiro desde 2016, quando o Onix assumiu a primeira colocação geral e só deixou o posto nos últimos meses, após a empresa ser obrigada a parar a produção na fábrica de Gravataí (RS). Desde então, sua participação nas vendas de automóveis caiu 6%.

Segundo o balanço da Fenabrave, a federação das concessionárias, a GM ocupava a segunda posição no ranking das fabricantes de automóveis em março, somente atrás da Volkswagen. Logo no mês seguinte, já começaram a faltar unidades em estoque. Nesse ínterim, a Chevrolet despencou nas vendas, emplacando somente 8.077 carros em junho.

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GM Chevrolet Onix preços
Chevrolet/Divulgação

Dessa forma, o desempenho da montadora no mercado no último mês ficou abaixo das vendas de outras seis montadoras — Fiat (1º), Volkswagen (2º), Hyundai (3º), Jeep (4º), Toyota (5º) e Renault (6º). No acumulado do semestre, contudo, a ótima performance da Chevrolet durante os três primeiros meses ajudaram a marca a não despencar no ranking. Ela ocupa a terceira colocação, com 109.837 unidades emplacadas.

Nova líder de vendas, a Fiat emplacou 116.635 veículos, enquanto a Volkswagen licenciou 146.419 modelos nos últimos seis meses.


Onix ficou na 17ª posição

Conforme antecipamos no Jornal do Carro, o antigo líder invicto Onix foi o 17º veículo mais vendido em junho, com 2.532 unidades emplacadas. Mesmo assim, o hatch da GM ficou na 4º posição no acumulado semestral, com mais de 41 mil exemplares vendidos neste ano.

Já o Onix Plus desabou para a 30° posição, enquanto isso, o SUV Tracker, com apenas 990 unidades comercializadas, amarga o 33° lugar.



Produção vai demorar a voltar

Desde março sem produzir o Onix hatch e sedã, a Chevrolet almeja voltar a fabricá-los somente no dia 16 de agosto, em um único turno.


Já no caso do Tracker, além da falta de semicondutores, a linha de produção do SUV em São Caetano do Sul está suspensa por seis semanas por causa da readequação da fábrica. A montadora está adaptando as instalações para começar a produzir a picape Nova Montana ainda neste ano.

Fábrica GM Gravataí
Linha de montagem da fábrica da GM em Gravataí, no Rio Grande do Sul GM/Divulgação

Concessionárias estimam até 2 meses de atraso

Consultados pelo Jornal do Carro, concessionários afirmam não ter unidades do Onix 0-km à pronta entrega. Dessa maneira, vendedores estimam que as primeiras unidades após o hiato na produção devem chegar às lojas somente entre agosto e setembro.


Isso na melhor das hipóteses, porque a falta de semicondutores deve perdurar até 2022, segundo a Anfavea, a representante das montadoras.

No caso dos novos Onix e Onix Plus, a situação é pior, pois, segundo a GM, a dupla usa cerca de 1.000 chips por unidade. Ou seja, quase o dobro da média dos carros nacionais, que é de até 600 microchips por veículo.

Veja o “top 10” do ranking das montadoras em junho:

1°) Fiat – 26.569 unidades


2°) Volkswagen – 18.823 unidades

3º) Hyundai – 16.440 unidades

4º) Jeep – 13.591 unidades


5º) Toyota – 12.923 unidades

6º) Renault – 11.253 unidades

7º) Chevrolet – 8.077 unidades


8º) Honda – 6.461 unidades

9º) Nissan – 4.351 unidades

10º) Caoa Chery – 3.186 unidades


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.