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Fiat e Jeep dominam vendas diretas, Hyundai e Toyota vão bem no varejo
Mercado

Fiat e Jeep dominam vendas diretas, Hyundai e Toyota vão bem no varejo

Vendas gerais de veículos são separadas por públicos e mostram Strada líder em vendas diretas e HB20 como preferência no varejo

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

12 de ago, 2021 · 7 minutos de leitura.

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Venda de carros
Crédito:Fiat/Divulgação

As vendas diretas de veículos acabam mudando um pouco o panorama do mercado brasileiro. Essa modalidade, todavia, tem empurrado alguns modelos específicos para o topo do ranking de emplacamentos gerais. Se contarmos apenas as vendas a varejo (para pessoas físicas), o Fiat Argo, por exemplo, perde a liderança de julho para o Hyundai HB20. Foram, respectivamente, 5.524 unidades contra 6.790 emplacamentos, segundo a Fenabrave, entidade que reúne os concessionários do País. A tabela dos “top 10”, você confere abaixo.

Antes de prosseguir com os números cabe explicar tais modalidades. Todo emplacamento de veículo origina emissão de uma nota fiscal. E o que diferencia a venda direta da venda varejo é a identificação do emissor dessa nota. Se o CNPJ do emissor for de um fabricante de veículos, esta será uma venda direta. Já as demais, serão consideradas vendas a varejo. Os emplacamentos gerais levam em consideração a soma das duas modalidades.

De acordo com os dados da Fenabrave, as vendas diretas corresponderam por 39,7% do total de julho. Cabe lembrar que esse percentual ronda os 40% desde a época pré-pandemia – ou seja, quando o mercado caminhava em ritmo normal. Para se ter ideia, em janeiro de 2020, 38,6% do total de automóveis e comerciais leves eram para vendas diretas. Em janeiro deste ano, subiu um pouco: 38,9%.

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Neste montante, inclui-se vendas corportativas (negociação entre montadora com frotistas e locadoras), como as operações realizadas nas concessionárias. Nesse sentido, entende-se, vendas para taxistas, produtores rurais, PCD, entre outros.

vendas
Toyota/Divulgação

Números na categoria de SUVs

Assim como a dupla de hatches supracitada, o segmento de SUVs também passa por reviravolta quando separam-se as vendas direta e varejo. O Toyota Corolla Cross, por exemplo, foi o terceiro SUV mais vendido de julho no ranking geral, com 5.068 emplacamentos. Ficou atrás dos Jeep Renegade (6.855) e Compass (6.670). Entretanto, suas 4.796 unidades destinadas às pessoas físicas o colocaram no topo das vendas a varejo da categoria.


Nesse sentido, Renegade e Compass têm maior dependência das vendas diretas. Respectivamente, os modelos aparecem com 2.579 e 2.130 vendas no varejo. Ou seja, apenas 1/3 é voltado à pessoas físicas.

Já o Hyundai Creta é majoritariamente adquirido por pessoas físicas. Ou seja, das 4.268 unidades vendidas em julho, 3.463 representam venda no varejo e apenas 805 são destinadas à vendas diretas. Entretanto, para fins de ranqueamento, o que conta é o volume total de emplacamentos. Nesse sentido, o SUV da marca sul-coreana é o 8º do ranking geral.

vendas
Hyundai/Divulgação

Por marcas

O sucesso do Creta e do HB20 colocam a Hyundai como uma das queridinhas do público. Esse reflexo positivo coloca a montadora em 3º lugar no ranking geral de marcas, com 13,% de participação no ranking de emplacamentos varejo para automóveis e comerciais leves. Em primeiro e segundo lugar estão Fiat e Toyota com, respectivamente, 18,2% e 16,3% de share.

Falando em vendas diretas, o topo do pódio, todavia, também fica com a Fiat. Com larga vantagem, a marca, nesse sentido, pega 40,1% da fatia total. Liderança que já dura 11 meses. Na sequência, vêm Jeep, com 13,7%, e Volkswagen, completando o pódio com 8,6% de participação.



Com 9.439 emplacamentos no ranking geral de vendas, a Fiat Strada teve, no entanto, mais de 80% de suas unidades voltadas à venda direta. Em julho, a picape teve 7.830 emplacamentos destinados para este público. A RAM 1500, também da Stellantis, teve todas as suas 68 unidades adquiridas por vendas diretas.


Por outro lado, quem menos dependeu das vendas diretas foi o Honda HR-V. Das 2.338, apenas 92 foram destinadas à pessoa jurídica. Veja:

Os 10 carros mais vendidos de julho:

  • 1º) Fiat Argo – 10.873
  • 2º) Fiat Strada – 9.439
  • 3º) Fiat Mobi – 8.059
  • 4º) Hyundai HB20 – 7.799
  • 5º) Fiat Toro – 7.030
  • 6º) Jeep Renegade – 6.855
  • 7º) Jeep Compass – 6.670
  • 8º) Toyota Corolla Cross – 5.068
  • 9º) Renault Kwid – 4.865
  • 10º) Toyota Hilux – 4.576

Os 10 mais emplacados de julho nas vendas diretas:

  • 1º) Fiat Strada – 7.830
  • 2º) Fiat Argo – 5.349
  • 3º) Jeep Compass – 4.540
  • 4º) Jeep Renegade – 4.276
  • 5º) Fiat Mobi – 3.695
  • 6º) Fiat Toro – 3.391
  • 7º) Chevrolet S10 – 3.163
  • 8º) Citroën C4 Cactus – 1.862
  • 9º) Fiat Cronos – 1.407
  • 10º) Peugeot 208 – 1.385

Os 10 mais vendidos no varejo no mês de julho:

  • 1º) Hyundai HB20 – 6.790
  • 2º) Fiat Argo – 5.524
  • 3º) Toyota Corolla Cross – 4.796
  • 4º) Fiat Mobi – 4.364
  • 5º) Renault Kwid – 4.049
  • 6º) Fiat Toro – 3.669
  • 7º) Hyundai Creta – 3.463
  • 8º) Toyota Corolla – 3.347
  • 9º) Toyota Hilux – 3.327
  • 10º) Volkswagen Nivus – 2.951

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.