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Volkswagen revela ID. Life, seu futuro carro elétrico com preço popular
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Volkswagen revela ID. Life, seu futuro carro elétrico com preço popular

Assim como aconteceu com o Fusca no século passado, Volkswagen promete lançar carro (elétrico) acessível ao povo; hatch chega em 2025 por R$ 125 mil

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

08 de set, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Volkswagen
ID. Life tem motor elétrico dianteiro com potência equivalente a 234 cv; autonomia é de 400 km
Crédito:Volkswagen/Divulgação

No Brasil, a Volkswagen vai apostar no etanol como combustível da eletrificação dos carros. Entretanto, enquanto a marca planeja o sistema híbrido flex para seus modelos nacionais, lá fora, a eletrificação avança com força. Na cidade de Munique – que é palco para o Salão do Automóvel alemão (IAA 2021), que era sediado em Frankfurt -, a marca apresentou o ID. Life. Em síntese, trata-se do seu futuro automóvel popular elétrico, que chegará ao mercado em 2025 com promessa de preço acessível.

No século passado, o Fusca nasceu (sob o nome Beetle) pelas mãos de Ferdinand Porsche para ser o “Carro do Povo”. Pois o ID. Life, daqui a quatro anos, nascerá com o mesmo conceito. A ideia, afinal, é tornar “a mobilidade elétrica acessível para ainda mais gente”, defende o CEO da montadora alemã, Ralf Brandstätter.

Volkswagen
Volkswagen/Divulgação

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As semelhanças, no entanto, param por aí. Durante o evento, o executivo defendeu que o novato pertencerá a um segmento de automóveis pequenos que custará aproximadamente 20 mil euros. O valor, assim, equivale a R$ 122,5 mil na conversão direta. Ou seja, nada que se compare aos 990 marcos cobrados pelos primeiros Fuscas, de 1935.

Volkswagen elétrico

Assim como a correção e substituição da moeda mundo afora, hoje, a tecnologia também é outra. Se o Fusca era equipado com motor traseiro refrigerado a ar e câmbio automático de quatro marchas, o ID. Life aposta alto em tecnologia para acompanhar a realidade atual.

Volkswagen
Volkswagen/Divulgação

O carrinho do século 21 tem motor elétrico dianteiro com 172 kW de potência, o equivalente a 234 cv. Na prática, vai de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos – é quase tão rápido quanto um Golf GTI. Ainda de acordo com informações da VW, a autonomia máxima das baterias de alta voltagem e 57 kWh é de 400 km. A tração é apenas dianteira.



No lugar do Polo, mas com conceito inovador

Com visual totalmente clean, o compacto elétrico deve substituir o Polo lá fora. Aqui no Brasil, entretanto, pode ser a porta de entrada para os elétricos da marca. Assim como a Fiat acaba de fazer com o 500e.

Mas a Volks não quer apenas ter um elétrico acessível para chamar de seu. O lance é revolucionar. Para tanto, a marca quer conquistar o consumidor mais jovem. “O cliente de amanhã não vai querer simplesmente ir do ponto A ao ponto B. Eles desejam novas experiências”. Nesse sentido, o ID. Life – construído sobre a conhecida plataforma modular elétrica da VW (MEB) – vem cheio de soluções atuais.


Volkswagen/Divulgação

Destaque para o monitor digital que se projeta no painel, formando um verdadeiro cinema – inclusive, com assentos totalmente dobráveis. No mais, pode virar uma central de jogos (tem videogames), superfícies com materiais recicláveis, teto (removível) em tecido especial, volante inspirado em aviões e, por fim, espelhos (internos e externos) substituídos por câmeras. Quer mais uma semelhança com o Fusca? Tem porta-malas dianteiro.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”