Você está lendo...
Bugatti Bolide é eleito o carro mais bonito do mundo em prêmio de design
Mercado

Bugatti Bolide é eleito o carro mais bonito do mundo em prêmio de design

Com design futurista e elegante, Bugatti Bolide vence prêmio na categoria de hiperesportivo entre 4 concorrentes; modelo será produzido para 2024

Jady Peroni, Especial para o Jornal do Carro

05 de out, 2021 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

Bugatti Bolide Prêmio
Inspirado na sofisticação dos carros de Fórmula 1, Bugatti Bolide conquista prêmio de hipercarro mais bonito
Crédito:Divulgação/Bugatti

Para os amantes dos supercarros, ver de perto modelos de alto desempenho é de encher os olhos. Agora, imagina ter que escolher o mais bonito? Essa é a missão do Festival Automobile Internacional, competição que lembra um ”concurso de beleza dos automóveis”. Neste ano, o evento chegou à sua 36º edição, em Paris. E, nele, o Bugatti Bolide venceu o prêmio de carro mais bonito do mundo na categoria ”hipercarro”.

Com design futurista e um tanto agressivo, o superesportivo da marca francesa desbancou rivais à altura. Foram quatro finalistas: o Bugatti disputou diretamente com o inglês Gordon Murray T50, o Mercedes-AMG One e o BAC Mono 2.

”O Bolide foi um desafio totalmente diferente para nossa equipe de design. E uma espécie de experimento mental em que desmontamos o carro até ao seu coração W16 turbo, e o reconstruímos com o mínimo necessário para criar o Bugatti mais extremo até então”, comentou em nota o diretor de design da Bugatti, Achim Anscheidt.

Publicidade


prêmio
Divulgação/Bugatti

Inspiração na Fórmula 1

O hiperesportivo premiado surgiu em outubro de 2020. Segundo a marca francesa (que pertence ao grupo Volkswagen), o design da dianteira teve como inspiração os carros totalmente aerodinâmicos da Fórmula 1. Dessa forma, o modelo recebeu cavidades no capô e para-choques enormes que ajudam a cortar o ar, alimentar o motor e resfriar os freios.

Além disso, a versão é exclusiva para condução em circuitos. Por isso, é baixa e tem uma entrada de ar no teto que lembra uma barbatana. Atrás, o destaque é o aerofólio, que ajuda a grudar a traseira no chão e permite fazer curvas em alta velocidade. Da mesma forma, outro detalhe marcante são as lanternas em formato de “X” e com iluminação Full LEDs.




Mais de 1800 cv de potência

Segundo a Bugatti, o Bolide utiliza o tradicional motor 8.0 litros W16 com quatro turbos a gasolina. Dessa forma, é capaz de entregar 1.825 cv de potência, bem como absurdos 1.394 mkgf de torque. Desse modo, o cupê acelera de zero a 100 km/h em menos de 3 segundos. E atinge velocidade máxima superior de 320 km/h.

”O fundamental para nós foi respeitar os requisitos técnicos, com foco primeiro na função. E só depois no desenvolvimento da forma. É uma honra que o design resultante tenha recebido prêmio tão cobiçado, votado por especialistas da área”, finalizou Achim.

Do conceito para a produção

Para quem sonha em ter um hipercarro desses, a Bugatti irá produzir o conceito nos próximos três anos. Inclusive, em agosto, a francesa revelou versão similar ao protótipo. O valor? Salgados US$ 4,7 milhões, ou R$ 25,5 milhões na conversão direta.


Divulgação/Bugatti

Nesse sentido, o hiperesportivo de edição limitada terá apenas 40 unidades fabricadas. Contudo, de acordo com as especulações, o modelo que entrará em produção terá uma potência um pouco menor, de 1.577 cv e 1.180 de torque. As entregas, portanto, já estão previstas para 2024.

Outras categorias

Além do Bugatti Bolide, outros veículos de alta performance ganharam troféus em um total de 15 categorias. O Audi Q4 E-Tron Sportback, por exemplo, foi eleito o mais bonito na categoria ”carro show”. Na batalha de ”carro futurista mais bonito”, o vencedor foi o Mercedes-Benz Vision AVTR. Já na categoria de ”supercarro”, o Maserati MC20 levou o prêmio.


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se
Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”