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Perto do Brasil, picape Ford Maverick estreia no México por R$ 170 mil
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Perto do Brasil, picape Ford Maverick estreia no México por R$ 170 mil

Com tamanho de Fiat Toro, Ford Maverick é lançada no México em duas versões; picape está confirmada para 2022 no Brasil e virá híbrida

Jady Peroni, Especial para o Jornal do Carro

24 de out, 2021 · 6 minutos de leitura.

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Ford
Visualmente, Maverick Hybrid deve ser igual ao modelo a combustão, mas deve usar tons mais suaves tanto por fora quanto por dentro
Crédito:Ford/Divulgação

A nova Ford Maverick está prestes a estrear no Brasil e, inclusive, já está disponível no País via importação independente, mas por um valor incrivelmente alto – é mais cara que a Toyota Hilux. No entanto, antes de ser lançada oficialmente pela Ford por aqui, a picape estreia no México, onde é produzida, na fábrica localizada em Hermosillo.

Para o mercado mexicano, a marca norte-americana anunciou duas versões da Maverick: XLT e Lariat, ambas também disponíveis na gama da picape na Argentina. Os modelos chegam às lojas de lá com valores a partir de 635 mil e 750 mil pesos, respectivamente. Ou seja, R$ 170 mil e R$ 200 mil na conversão direta.

Feita sobre a plataforma do SUV Bronco Sport, a Maverick tem chassi em monobloco e uma caçamba com capacidade volumétrica de 942 litros. O modelo tem capacidade de carga de 680 kg, independente da mecânica escolhida. Quanto ao tamanho, a picape tem 1,84 metro de largura, 1,74 m de altura, 5,07 m de comprimento. O seu entre-eixos mede 3,07 m.

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Ford/Divulgação

Contudo, além de dividir a plataforma com o Bronco, ambas as versões da Maverick podem ter o motor 2.0 EcoBoost turbo de 253cv e 38,3 kgfm de torque, que faz parte do portfólio do SUV. Essa motorização, no entanto, é a única disponível para a versão XLT.

Já a opção topo de linha, Lariat, tem mecânica híbrida e com tração dianteira. O motor 2.5 Duratec a gasolina de ciclo Atkinson, com 164 cv e 21,4 kgfm de torque, trabalha conectado a um motor elétrico de 128 cv e 23,9 kgfm. De acordo com a Ford, juntos, os motores entregam 193 cv de potência, bem como autonomia chega a 800 km, com um consumo médio na cidade de 17 km/l – números que devem atrair a clientela urbana.


Versões equipadas

Em questão de tecnologia, a Ford equipou a picape com uma lista extensa. A versão XLT vem com multimídia com tela de 8 polegadas e pode ser vinculada com o Android Auto e o Carplay da Apple. Além disso, há também funcionalidades como assistente de partida em rampa, câmera de ré, alerta de colisão com frenagem automática, faróis de LED, entre outros. E ainda vale ressaltar as rodas de liga leve de 17 polegadas.

Ford Maverick
Ford/Divulgação

A Maverick Lariat vem com todos os itens acima, porém, acompanha um painel de instrumentos digital com display de 6,5 polegadas, ar-condicionado automático de duas zonas, teto solar elétrico, banco do condutor com ajuste elétrico e tração AWD com suspensão multilink. Por fim, as rodas de alumínio são de 18 polegadas.

Mais de R$ 200 mil?

Como informado pelo Jornal do Carro, a picape Maverick já está no Brasil via importação independente. A Direct Imports, de São Paulo, anunciou a chegada da nova picape na versão topo de linha Lariat. O modelo tem mecânica híbrida e opcionais de luxo, como som da Bang & Olufsen. Mas chama a atenção o preço sugerido de R$ 369.900.



Quando chegar pelas mãos da Ford no ano que vem, a picape média-compacta certamente terá preço menor, uma vez que não pagará a taxa de importação de 35%, conforme estabelece o acordo de livre comércio entre Brasil e México. Porém, pelos tributos e taxas, a probabilidade é que o valor continue acima dos R$ 200 mil.


Para comparação, a picape Fiat Toro, que será sua rival direta no Brasil, tem tabela entre R$ 125.990 e R$ 197.990, com motor turbodiesel e tração 4×4. Nesse sentido, é improvável que os clientes do modelo irão trocá-lo pela Maverick híbrida. Da mesma forma, podem escolher a Ranger Black, que custa R$ 193.690. Assim, o preço da novata terá de ser “cirúrgico”.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.