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Honda planeja SUV do Civic para disputar com o Toyota Corolla Cross
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Honda planeja SUV do Civic para disputar com o Toyota Corolla Cross

De olho no sucesso dos SUVs, Honda seguirá estratégia da arquirrival Toyota e terá modelo entre HR-V e CR-V; Civic Cross será mais esportivo

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

13 de dez, 2021 · 4 minutos de leitura.

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Honda Civic Cross SUV
Plataforma do novo Honda Civic dará origem a um novo SUV global da marca japonesa
Crédito:Honda/Divulgação

Para tentar atrapalhar a boa vida de alguns SUVs disponíveis no mercado, principalmente, o Toyota Corolla Cross, a Honda está trabalhando em um SUV totalmente inédito. A ideia é que ele seja posicionado, globalmente, entre HR-V e CR-V. De acordo com informações do portal japonês Carsensor.net, o novato deverá basear-se na plataforma da nova geração do Civic. Acredita-se, assim, que o utilitário estreie em setembro de 2022.

Carros por assinatura da Toyota
Toyota/Divulgação

Com a ideia de expandir seu portfólio de SUVs – e aproveitar a grande procura da clientela ávida por esse tipo de produto -, o Civic Cross promete repetir o sucesso do irmão sedã. Ou até pode superá-lo, assim como aconteceu – por alguns períodos – neste ano com a dupla Corolla sedã e Cross, onde o SUV vendeu mais que o tradicional três-volumes.

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Embora não haja dados técnicos disponíveis, o imprensa no Japão aponta que o próximo SUV da Honda, e baseado no Civic, deve medir cerca de 4,5 metros de comprimento. A medida o posicionaria, justamente, entre os dois SUVs atuais da marca. HR-V e CR-V têm 4,3 metros e 4,6 metros de uma ponta a outra, respectivamente. Já o Corolla Cross tem 4,46 metros.

Honda HR-V 2022
Honda/Divulgação

Motorização e estilo

Se no tamanho o Civic Cross terá medidas intermediárias inéditas para a marca, o mesmo não pode se dizer da mecânica. Espera-se que o SUV – por compartilhar a plataforma com o Civic sedã – tenha as mesmas opções de motor do irmão. Isso significa que a novidade poderia ter o 1.5 turbo a gasolina de 182 cv com câmbio CVT. No entanto, a maior aposta é no propulsor 1.5 aspirado a gasolina com o sistema híbrido e:HEV.


Honda Civic Cross SUV
Honda/Divulgação

Em contraponto, o estilo do novo SUV da Honda deve (e precisa) inovar. Afinal, a ideia deve abandonar a cara de SUV urbano dos demais integrantes da marca e trazer algo diferenciado ao catálogo, quem sabe com proposta aventureira ou esportiva. Entretanto, claro, deve ter alguns elementos mais clássicos à lá Civic.

Honda Civic Si
Honda/Divulgação

O interior, dessa forma, não deve fugir muito ao do sedã (foto acima), com um toque a mais de requinte em relação ao HR-V. Mas a disputa com o Corolla Cross ainda vai demorar e só deve acontecer a partir de 2024 em solo brasileiro.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”