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Coleção de ex-piloto com 28 Ferraris irá a leilão em fevereiro
História

Coleção de ex-piloto com 28 Ferraris irá a leilão em fevereiro

Já na segunda edição, leilão de Marcel Petitjean com modelos raros da Ferrari pode ultrapassar a marca dos R$45 milhões

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

25 de jan, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Leilão de Ferrari
Leilão conta com modelos raros fabricados entre 1960 e 1980
Crédito:Alex Penfold/RM Sotheby's

Já imaginou chegar em casa e ter 28 Ferraris na garagem? Pois bem, o ex-piloto de corrida, Marcel Petitjean, sabia bem como era. Contudo, o empresário resolveu leiloar sua estimável coleção de modelos da marca italiana de luxo na RM Sotheby’s, uma empresa de leilão de carros clássicos em Paris. O evento, que vai acontecer no dia 2 de fevereiro deste ano, vai contar com versões raras fabricadas entre os anos 1960 e 1980.

Essa, inclusive, não é a primeira vez que Marcel realiza algo desse tipo. Em 2020, ele leiloou cerca de 100 esportivos que também faziam parte da sua coleção pessoal. Por isso, dessa vez, o evento vai se chamar Petitjean Collection Part II, dando continuidade na ”marca registrada”.

”A coleção foi construída ao longo de muitas décadas e representa alguns dos carros de estrada mais importantes da Ferrari da época”, afirmou em nota o diretor de vendas da RM Sotheby’s na Suíça, Oliver Camelin.

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Alex Penfold/RM Sotheby’s

Coleção valiosa

Logo de cara já podemos citar o carro mais valioso da coleção: o Ferrari 288 GTO de 1985. O modelo, que possui um motor V8 biturbo, é uma das 272 unidades fabricadas no mundo todo. Originalmente, ele pertencia ao piloto de corrida Bepp Mayer, de quem o atual dono comprou há cerca de 13 anos.

Apesar de tanto tempo, essa versão está com apenas 9.583 km rodados. O clássico dos anos 80 permanece praticamente intacto e, além disso, será vendido com o kit de ferramentas original, manual do proprietário e livro de serviço. No leilão, é esperado que o preço do 288 chegue a cerca de US$ 3 milhões. Ou seja, R$16 milhões na conversão direta.


Ferrari 288 GTO 1985 – Alex Penfold/RM Sotheby’s

Em seguida, temos o 275 GTB de 1966. Esse é um dos 330 exemplares feitos pela marca do cavalo empinado. De acordo com as informações, ele passou por uma restauração de motor por volta dos anos 70, mas permaneceu armazenado desde então. No total, espera-se que ele chegue na marca dos US$ 2 milhões, quase R$11 milhões.  

Além desses, a lista de modelos icônicos continua. Um deles é o 250 GT Series II Cabriolet conversível. Em 2015, o carro passou por uma reforma completa no motor Colombo V12 de 3 litros. Por isso, é bem possível que ele passe de US$ 1 milhão. Por outro lado, com o mesmo motor, também temos o 250 GT Lusso 1964, que se encontra com as cores originais.



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Leilão de R$45 milhões

Como dissemos, essa não é a primeira vez que Petitjean decide fazer um leilão desse tipo. Inicialmente, a ideia do empresário era montar um museu exclusivo, que contaria com diversos modelos raros das marcas de luxo que ele adquiriu com o tempo. Contudo, o plano foi por água abaixo e, desde então, ele decidiu vender parte da sua coleção.

Na primeira edição, o evento contou com modelos únicos. Como é o caso, por exemplo, da dupla Countach LP (1929) e Miura P400 (1968) da Lamborghini. Além deles, também tinha modelos como um Porsche 904 GTS (1964), um Mangusta (1971) e um exemplar exclusivo do Maserati Ghibli 4.7 cupê (1969).

Maserati Ghibli 4.7 cupê 1969 – Divulgação/RM Sotheby’s

Nos lances, o ex-piloto conseguiu arrecadar uma média de 7,3 milhões de euros. Na conversão atual, esse valor chega a R$45 milhões. E, agora, com mais uma rodada de vendas, é bem possível que consiga ultrapassar, tranquilamente, essa quantia.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.