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IPVA 2022, em SP, ainda tem 5% de desconto em fevereiro; veja como pagar
Legislação

IPVA 2022, em SP, ainda tem 5% de desconto em fevereiro; veja como pagar

Governo do Estado de São Paulo concede desconto no pagamento à vista e parcelado do IPVA, que pode ser feito online; abatimento expira neste mês

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

01 de fev, 2022 · 6 minutos de leitura.

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IPVA multas
Usar fones de ouvido ao volante pode render uma penalidade média
Crédito:Daniel Teixeira/Estadão
divórcio

Quem não pagou o IPVA 2022 em janeiro ainda tem a chance de quitar o imposto com desconto de 5%. A redução está disponível tanto para pagamentos à vista, quanto para o parcelamento, que pode ser feito em até 5 vezes sem juros. No entanto, é preciso ficar de olho nas datas para não perder os prazos – se isso acontecer, o valor cobrado será integral. Para carros com placa final 1, por exemplo, o vencimento da cota única ou primeira parcela é dia 10 de fevereiro.  

Para quem quitou o IPVA à vista em janeiro, o abatimento no valor total foi de 9% para os carros de São Paulo. O desconto foi concedido pelo governo paulista como forma de amenizar a forte alta no valor do imposto, que subiu proporcionalmente à disparada de preços dos carros no ano passado. Para se ter uma ideia, alguns modelos estão até 30% mais caros.

Mas, de qualquer forma, vale lembrar que a alíquota do IPVA permaneceu inalterada – 4% para carros de passeio e 2% para caminhonetes cabine simples. Dessa forma, apenas os carros de locadoras (registrados em São Paulo) pagarão apenas 1%. Porém, neste caso, não haverá nenhum desconto.

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Calendário de pagamento

Tabela IPVA
Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Cada Estado tem autonomia para conceder descontos, parcelamentos e isenções. Por isso, confira as informações no site da Secretaria de Fazenda do seu Estado. Por exemplo, em São Paulo, basta acessar o site, colocar o código Renavam (que fica no documento do veículo) e a placa do carro para ter acesso ao sistema. Para consultar a tabela dos valores dos veículos, há o portal da Imprensa Oficial.



Formas de pagar

O IPVA, assim como licenciamento e multas, pode ser pago pela internet, por meio do site do banco do dono carro, em casas lotéricas ou caixa eletrônico. Após o pagamento, o documento digital fica disponível para download e impressão no item ”Licenciamento Digital” nos portais do Poupatempo, Detran-SP e Senatran (antigo Dentran).


Ainda mais prático, o proprietário do veículo também pode usar os aplicativos ”Poupatempo Digital”, ”Detran.SP” e ”Carteira Digital de Trânsito (CDT)’‘ para a realização do serviço. Como o documento em papel foi extinto em São Paulo, o motorista deve imprimir em papel comum.

ipva
Epitácio Pessoa/Estadão

Além disso, vale dizer que desde 2020, há possibilidade de pagar débitos do Detran pelo aplicativo do Sem Parar – a empresa de tags de pedágio – em parceria com a startup Zapay. Nele, da para parcelar débitos mencionados à cima e até o DPVAT, em até 12 vezes no cartão de crédito. Vale para usuários de São Paulo, Rio de Janeiro e outros 16 Estados do Brasil.


Não pagar gera infração?

Quem não quitar o IPVA fica sujeito a uma multa de 0,33% por dia de atraso, fora os juros de mora com base na taxa Selic. A partir de 60 dias devendo o imposto, o percentual se fixa em 20% do valor total. Se ainda assim o devedor não pagar, o débito será inscrito na Dívida Ativa. Assim, além de ser barrado de benefícios da Nota Fiscal Paulista, o contribuinte pode responder na Justiça.

cnh
GABRIELA BILÓ/ESTADÃO

E tem mais. Quem não quitar o imposto, fica impedido de licenciar seu veículo. Uma vez sem licenciamento, o motorista comete infração gravíssima – o que pode resultar na apreensão do veículo, multa de R$ 293,47 e sete pontos no prontuário da CNH.


Portanto, se a ideia é antecipar o licenciamento, o único meio é quitar todos os débitos do veículo. São eles: IPVA, taxa de licenciamento e eventuais multas de trânsito.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”