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Nova Ford Ranger Raptor é lançada com motor V6 biturbo de 288 cv
Mercado

Nova Ford Ranger Raptor é lançada com motor V6 biturbo de 288 cv

Com novidades estéticas e mecânicas, Ranger Raptor terá diferentes configurações de motor V6 em cada mercado; Na Austrália, picape chegará a 397 cv

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

28 de fev, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Ford Ranger Raptor
Ford Ranger Raptor será lançada no Brasil ainda em novembro
Crédito:Ford/Divulgação

Após revelar a nova geração da Ranger, a Ford apresenta a Ranger Raptor, versão extrema da picape média. Trata-se do terceiro modelo da marca norte-americana a ter a opção de alta performance, junto com a irmã maior F-150 e o SUV Bronco Sport. Como de praxe, a picape passou por grandes transformações, tanto no visual, quanto na mecânica, que traz um conjunto mecânico mais “parrudo”.

De acordo com a Ford, a Ranger Raptor será lançada de início na Europa, onde as primeiras entregas estão marcadas para o último trimestre de 2022. No entanto, mais adiante, a caminhonete também vai estrear em outros lugares como, por exemplo, a Austrália. Mas, é bom não criar expectativas, pois não há confirmações de que ela vem ao Brasil. Por ora, a única certeza aqui é que a nova geração da Ranger chegará em 2023.

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Motor V6

Uma das principais novidades da Ranger Raptor é o motor EcoBoost V6 3.0 biturbo a gasolina. Na Europa, que atende normas mais rígidas em relação a emissões de poluentes, o conjunto vai oferecer 288 cv de potência e 50 mkgf de torque. Já na Austrália, a capacidade vai ser maior, aumentando para 397 cv e 59,4 mkgf. Em ambas, o câmbio será automático de 10 marchas.

Segundo a marca, o motor possui um bloco compacto de ferro-grafite. Dessa forma, é cerca de 75% mais resistente e até 75% mais rígido que o bloco de ferro fundido. O intuito é alcançar respostas mais rápidas, principalmente na aceleração. Além disso, o conjunto adotou um sistema anti-inércia (anti-lag), que permite uma entrega mais rápida de potência.

Divulgação/Ford

Vale dizer que a picape vai ganhar também uma variante com o motor 2.0 biturbo diesel. No entanto, não há mais informações de quando ou detalhes de potência e desempenho.



Modos de condução on-road e off-road

Todas as versões têm tração 4×4 e modos de condução que prometem se adaptar a qualquer tipo de terreno. Para uso na cidade, há as opções Normal, Sport e Slippery. Já para o uso off-road, há os modos Rock Crawl (pedras), Sand (areia), Mud/Ruts (lama) e o Baja, que serve para condições mais extremas de via.

Até o momento, não há mais informações detalhadas de consumo. Porém, sabe-se que, assim como no Bronco, há sistema de condução semiautonôma. No mais, a picape ganhou nova suspensão com amortecedores Fox Live, que trazem uma fricção menor, e novos braços de alumínio.


Ford Ranger Raptor
Divulgação/Ford

Nova identidade visual

No geral, a Ranger Raptor ficou com um visual ainda mais robusto. As rodas são de 17” com pneus all-terrain, que oferecem uma força extra para a caminhonete. Além disso, também conta com novos faróis de LED, para-choques remodelados, degraus laterais de alumínio e uma grade maior com o nome ”FORD”.

Divulgação/Ford

Já no interior, o modelo ficou mais moderno. Em relação a estética, a Ford trouxe bancos esportivos com costuras vermelhas. Porém, a cor que prevalece é a preta. Em relação a tecnologia, a picape ganhou uma central multimídia de 12”, com conexão sem fio para Android Auto e Apple Carplay, bem como um painel de instrumentos de 12,4”. Por fim, também vem equipada com o sistema de som Bang & Olufsen, com 10 alto-falantes.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”