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Flagras revelam o ‘Jeepster’, SUV elétrico da Jeep que estreia em outubro
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Flagras revelam o ‘Jeepster’, SUV elétrico da Jeep que estreia em outubro

Menor que o Renegade, SUV elétrico da Jeep surge sem camuflagem e pronto para estrear; conjunto elétrico deve ser o mesmo do Peugeot e-208

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

19 de jul, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Baby Jeep
Mini SUV da Jeep aparece com visual parecido com os dos irmãos, Renegade e Compass
Crédito:Reprodução

Fotos feitas em Portugal revelaram o futuro SUV elétrico da Jeep pronto para estreia em outubro, no retorno do Salão de Paris, na França. Flagrado sem camuflagem, o modelo é exatamente o mesmo das imagens divulgadas pela montadora no início do ano, no primeiro grande evento do grupo Stellantis. Ainda sem nome, é chamado de “Jeepster” ou “baby Jeep”, por causa do tamanho do compacto – será menor que o Renegade. Com produção prevista para 2023, o SUV marca o início da nova estratégia de eletrificação da marca.

Até o momento não há confirmação dos dados técnicos. Mas é esperado que o modelo seja o SUV de entrada global da marca. Tudo, na verdade, dependerá das versões. Por exemplo, espera-se que o Jeep elétrico seja feito sobre a plataforma e-CMP, de origem PSA. Trata-se da base do Peugeot e-208, que é primo do novo Citroën C3. Além disso, é possível que o SUV tenha na gama opções híbridas com motores a combustão.

Baby Jeep
Reprodução

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Vale lembrar que, desde a primeira aparição, o Jornal do Carro aponta grande semelhança do novo SUV da Jeep com o Citroën C3, que já está em produção na fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro, sobre a base CMP. O hatch da marca francesa, inclusive, também terá opção 100% elétrica. No entanto, ao contrário dos modelos da PSA, o novo Jeep – que terá produção na fábrica de Tychy, na Polônia – deve contar com tração nas quatro rodas.



Jeep de entrada?

Apesar dos flagras, não é possível estimar o tamanho certo do novo SUV. Mas a expectativa é que ele tenha cerca de 4 metros de comprimento – ou seja, menor que o Renegade, que tem 4,27 m. Já em relação ao visual, o “Baby Jeep” traz design mais urbano em comparação aos demais SUVs da marca, embora herde algumas características. Esse é o caso, por exemplo, da dianteira alta e imponente, com a grade de sete fendas.


Tal como antecipado nas imagens divulgadas em março, o modelo tem os faróis retangulares que se unem à grade e trazem barras de LEDs diurnos. O capô é plano e o para-choques apresenta linhas mais sóbrias. A cereja do bolo é a grade que, apesar de manter o formato tradicional da Jeep, é totalmente fechada. Afinal, o motor elétrico não precisa de tomada de ar para “respirar”. De toda forma, na prática, o SUV lembra um pouco o Renegade.

Reprodução

Já nas laterais, o utilitário lembra mais o Compass, especialmente no formato das janelas, do teto e das caixas de rodas. Destaque também para as maçanetas embutidas na coluna C e para a pintura bicolor. Na traseira, as lanternas de LEDs formam um “X”, tal como no atual Renegade. Entretanto, elas têm molduras negras que invadem a tampa do porta-malas, bem como o vidro traseiro mais inclinado. Por ora, não há imagens do interior.


Motor do Peugeot 208?

Com o uso da plataforma e-CMP, o mini Jeep poderá herdar o conjunto elétrico do Peugeot e-208. Com preços a partir de R$ 277 mil, o hatch da marca do leão traz um motor com 136 cv de potência e um torque robusto (e instantâneo) de 26,5 mkgf. Assim, acelera de zero a 100 km/h em rápidos 8,3 segundos. Já o pacote de baterias tem capacidade de 50 kWh. Assim, com carga cheia, a autonomia pode alcançar até 340 km.

Jeep elétricos
Jeep/Divulgação

No entanto, mesmo que o foco seja a eletrificação, há uma grande expectativa pelas versões a combustão. Afinal, nesse caso, o SUV terá preços mais acessíveis. Portanto, ele poderá utilizar o motor 1.2 turbo Puretech de três cilindros, também de origem PSA. Por fim, as versões híbridas. Para manter a veia off-road, a Jeep deve incorporar um motor elétrico no eixo traseiro. O problema é que a aplicação não existe ainda em carros feitos na base CMP. Ou seja, resta aguardar até o fim do ano para mais detalhes do primo do novo C3.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”