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Suzuki revela o novo Grand Vitara e SUV pode voltar eletrificado ao Brasil
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Suzuki revela o novo Grand Vitara e SUV pode voltar eletrificado ao Brasil

Com duas opções de conjunto híbrido leve, novo Suzuki Grand Vitara estreia na Índia para bater de frente com nova geração do Hyundai Creta

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

21 de jul, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Suzuki Grand Vitara
Novo SUV Grand Vitara pode fazer parte do plano de renovação do portfólio da Suzuki no Brasil
Crédito:Divulgação/Vitara

A Suzuki revelou na Índia a nova geração do Grand Vitara, que volta em versão moderna e eletrificada. Desta vez, o SUV compacto nasce sobre plataforma feita em conjunto com a Toyota, que já apresentou o seu modelo chamado de Urban Cruiser Hyryder. No mercado indiano, a dupla mira o Hyundai Creta, que é o SUV mais vendido no país asiático.

Embora seja o sucessor do Vitara em alguns mercados, o novo SUV vai ocupar o espaço do S-Cross na Índia – já que o modelo não foi renovado por lá. A produção deve começar em breve na fábrica da Toyota em Bidadi. Mas a montadora não revelou os preços.

Suzuki Grand Vitara
Divulgação/Suzuki

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Para o Brasil, o modelo da Toyota ainda é uma incógnita, mas o novo Grand Vitara surge como uma excelente alternativa para a renovação da gama da Suzuki por aqui. Vale lembrar que, no mercado brasileiro, a marca tirou recentemente de linha o Vitara e o S-Cross, e já avisou que pretende trazer novos SUVs híbridos nos próximos meses.

Duas opções híbridas

Tal como contamos no Jornal do Carro, o Grand Vitara chega com duas opções de mecânica. A primeira possui um conjunto híbrido leve, chamado de “Progressive Smart Hybrid”. Este une um motor 1.5 a gasolina a um elétrico de 12 volts. A bateria é pequena e tem 6 amperes. Dessa forma, gera 101 cv de potência e 13,5 mkgf de torque. O câmbio pode ser manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades, e a tração, dianteira ou integral. Além disso, há borboletas atrás do volante para trocas manuais, bem como sistema de frenagem que recupera energia para as baterias.

Divulgação/Suzuki

Logo em seguida vem a opção híbrida completa, com o nome “Intelligent Electric Drive”. Neste caso, há um motor 1.5 a gasolina de 92 cv ligado a um propulsor elétrico mais forte, de 48V. Com isso, gera potência de 114 cv e 14,1 mkgf de torque. A tração é dianteira e a transmissão, do tipo CVT. Com uma bateria maior, o novo SUV oferece 25 km de autonomia no modo 100% elétrico. No mais, há quatro modos de condução: EV, Eco, Power e Normal.

Nova identidade visual

Embora tenha as mesmas medidas do Toyota Hyryder, o Suzuki Grand Vitara se diferencia no visual, sobretudo na dianteira. Ele tem estilo mais esportivo, com vincos no capô. Os faróis são repartidos em dois níveis e as luzes diurnas são mais finas. Por sua vez, a grade é bem grande e tem acabamento Dark Chrome com elementos tridimensionais.

Divulgação/Suzuki

Já as laterais são similares às do irmão da Toyota. No entanto, ao contrário do que se esperava, a traseira traz elementos próprios. Como é o caso, por exemplo, das lanternas interligadas – uma tendência dos SUVs mais novos. Já as luzes de seta e de ré ficam enfileiradas em posição vertical. Em relação às dimensões, o SUV promete bom espaço, com 4,34 m de comprimento por 1,79 m de largura e 1,65 m de altura, e 2,60 m de entre-eixos.

Por dentro

Na cabine, há diversas semelhanças com o Toyota Hyryder. É o caso, por exemplo, do teto solar panorâmico e dos bancos e painel revestidos com couro, além de superfícies macias ao toque. Há opções de cores no acabamento, como bordô e preto. A multimídia sensível ao toque é do tipo flutuante e tem 9 polegadas. De acordo com a Suzuki, ela conta com o sistema mais recente da marca, com mais de 40 funções, além do comando de voz. O painel de instrumentos é 100% digital e tem 7”. As versões mais caras contam com Head-Up display.

Suzuki
Divulgação/Suzuki

O Grand Vitara promete ser mais tecnológico que o Hyryder, com itens como carregamento sem fio para smartphones e câmera 360°. Além disso, o SUV conta com recursos semiautônomos de condução (ADAS). Entretanto, o SUV da Toyota terá versões híbridas completas em vez de sistemas leves de 48V. Fica a expectativa para o uso compartilhado.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”