A CATL, fabricante chinesa de baterias, lançou uma nova bateria que promete autonomia de até 1.000 km para carros elétricos. Já na sua terceira geração, o componente se chama Qilin, em referência à criatura da mitologia chinesa que simboliza bons presságios. De acordo com a empresa, a recarga de 80% da bateria poderá ser feita em apenas 10 minutos. Segundo a CATL, que fornece para marcas como Volkswagen e Tesla, há várias montadoras interessadas na novidade.
Um dos destaques da Qilin é sua densidade energética, que chega a 255 Wh/kg. Para comparação, nos sistemas atuais a densidade chega perto dos 200 Wh/kg. Ou seja, quanto maior for a densidade, maior será a autonomia disponível. No entanto, o resultado pode variar dependendo do tipo de veículo e do estilo de condução do motorista.
Além disso, a Qilin promete redução no tempo de recarga de veículos elétricos. Assim, para repor a bateria de 10% a 80%, bastam 10 minutos plugada. Esse aumento na velocidade, inclusive, é possível graças ao novo sistema de resfriamento de células. De acordo com a CATL, a área de troca de calor é até quatro vezes mais potente na comparação com produtos atuais.
Chinesas estão de olho
Após o anúncio, a CATL confirmou que a nova bateria deve equipar os primeiros veículos a partir de 2023. De acordo com a imprensa internacional, além da VW e da Tesla, a empresa também fechou parceria com a BMW. Assim, o fornecimento de células cilíndricas de íons-lítio para a marca alemã deve começar por volta de 2025.
Porém, a primeira marca de veículos a utilizar as novas baterias será a Zeekr, divisão de carros elétricos da Geely, empresa chinesa que é dona da Volvo. Inicialmente, o sistema será instalado no modelo 009, que deve chegar às lojas no primeiro trimestre de 2023. Depois, a Qilin equipará o Zeekr 001, cuja estreia está programada para o segundo trimestre do ano que vem.
Além da Zeekr, a CATL firmou acordo estratégico de cinco anos com a Seres, fabricante chinesa de carros elétricos que já tem site no Brasil. Segundo informações preliminares, a empresa pretende utilizar a ‘Qilin’ em sua divisão de veículos premium, a Aito. Esta, por sua vez, tem parceria com a Huawei, conhecida no País sobretudo por causa de seus smartphones.