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Tacker e T-Cross lideram e Corolla Cross recua, veja o ranking de SUVs
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Mercado

Tacker e T-Cross lideram e Corolla Cross recua, veja o ranking de SUVs

Toyota Corolla Cross desce cinco posições no ranking com menos de 3 mil unidades e novo Honda HR-V ressurge forte em mês de queda nas vendas

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

07 de out, 2022 · 7 minutos de leitura.

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SUVs ranking
Toyota Corolla Cross recua e cai de 5ª para 10ª posição
Crédito:Diogo de Oliveira/Estadão

A disputa entre os SUVs continua bem acirrada nesta reta final de 2022. Afinal, é a categoria com a maior fatia do mercado brasileiro. De acordo com o ranking de setembro da Fenabrave, a associação dos concessionários de veículos no País, o Chevrolet Tracker continua se superando a cada mês. Em agosto, o modelo emplacou 6.708 unidades. Já no nono mês do ano, arrematou 7.127 vendas e, assim, ficou próximo de hatches como HB20 e Onix.

Em seguida vem o Volkswagen T-Cross, que lidera o ranking anual dos SUVs. O utilitário feito no Paraná sofreu leve queda em relação a agosto. Ao todo, foram 5.803 emplacamentos, ante as 6.194 unidades do mês anterior. Já o Hyundai Creta mantém a média geral no ranking e continua a ocupar a terceira colocação em setembro, com 5.886 unidades.

vendas VW T-Cross
Volkswagen/Divulgação

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Em 4° lugar aparece o Jeep Compass que recentemente ganhou mais equipamentos na linha 2023. O SUV, mais vendido da subcategoria de médios, emplacou 5.407 unidades. O Fiat Pulse vem logo atrás, seguido por Jeep Renegade, Nissan Kicks e VW Nivus.

Quem perdeu muito fôlego foi o Toyota Corolla Cross. Mesmo mantendo bons números desde seu lançamento em 2021. No entanto, vem sofrendo quedas. Em agosto, ele havia ficado em 5ª posição, com 3.250 emplacamentos. Mas, agora, aparece em 10° lugar, com 2.861 vendas. Além disso, vale abrir espaço para mencionar o novo Fiat Fastback. O modelo ainda não está nas listas, mas é uma grande promessa para bagunçar os próximos rankings.



HR-V começa a subir

O novo Honda HR-V foi uma das grandes apostas da marca japonesa para o mercado e poderia, de fato, mexer na categoria. Isso ainda não aconteceu, mas o modelo começa a aparecer no ranking. Tal como contamos no Jornal do Carro, a marca disse ter vendido 3.000 unidades só entre os dias 2 e 15 de agosto. As entregas começaram no final do mês passado, e o SUV já aparece 9ª colocação em setembro, com um total de 2.956 unidades.


Ou seja, se mantiver esse fôlego, o HR-V promete subir com a chegada das versões topo de linha Advance (R$ 176.800) e Touring (R$ 184.500) em outubro. Apesar de preço salgado, há forte apelo de tecnologia e conectividade, bem como o motor 1.5 turbo, que virá flex – antes, bebia só gasolina. As vendas começam em outubro.

No entanto, há uma pedra no sapato da montadora. É a crise dos semicondutores, vilã de diversas marcas. A Honda confirmou que a falta de componentes “segue impactando as operações da Honda no Brasil”. Desse modo, foi necessário suspender a produção na fábrica de Itirapina (SP). E isso afetará a produção do City e City Hatch, bem como do HR-V.


Sem cravar atraso, a fabricante deixa claro que vai ser difícil garantir oferta de veículos para atender à demanda existente. Ainda assim, “a empresa segue empenhada em garantir a disponibilidade de veículos para atender os consumidores no menor prazo possível”.

Ranking Chevrolet Tracker
Chevrolet/Divulgação

Setembro em queda

Depois do excelente resultado em agosto, melhor mês de 2022 até agora, setembro registrou queda no ranking de vendas. Ao todo, foram 180.424 automóveis e comerciais leves entregues no mês passado. Para comparação, agosto somou 194.249 veículos. Ou seja, queda de 7,1% nos emplacamentos de carros novos.


Já na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 26,8%. Na época, foram entregues 142.330 modelos 0-km. Além disso, de acordo com o balanço da Fenabrave, setembro foi o primeiro mês de 2022 a registrar resultado acima do mesmo período do ano anterior – o que confirma a retomada. Entretanto, no acumulado do ano os números ainda apontam uma queda de 5% – são 1.395.158 emplacamentos ante 1.469.816 veículos em 2021.

SUVs
Diogo de Oliveira/Estadão

Os 15 SUVs mais vendidos de setembro


  • 1°) Chevrolet Tracker – 7.127
  • 2°) Volkswagen T-Cross – 5.803
  • 3°) Hyundai Creta – 5.586
  • 4°) Jeep Compass – 5.047
  • 5°) Fiat Pulse – 4.398
  • 6°) Jeep Renegade – 3.755
  • 7°) Nissan Kicks – 3.549
  • 8°) Volkswagen Nivus – 3.029
  • 9°) Honda HR-V – 2.956
  • 10°) Toyota Corolla Cross – 2.861
  • 11°) Renault Duster – 2.506
  • 12°) Citroën C4 Cactus – 2.118
  • 13°) Jeep Commander – 2.064
  • 14°) Caoa Chery Tiggo 8 – 1.593
  • 15°) Volkswagen Taos – 1.421

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.