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Fiat Pulse fica até R$ 15,6 mil mais caro desde o lançamento, há um ano
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Fiat Pulse fica até R$ 15,6 mil mais caro desde o lançamento, há um ano

Após 12 meses da estreia, Fiat Pulse teve o preço reajustado em até 19,5%, o que corresponde a quase três vezes a inflação acumulada no mesmo período

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

15 de out, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Fiat Pulse SUVs carro popular
Fiat Pulse é o SUV mais barato do Brasil e tem preço a partir de R$ 89.990 com decreto do carro popular
Crédito:KRPIX/ESTADÃO

O Fiat Pulse estreou no mercado brasileiro há um ano. Lançado durante o Big Brother Brasil, reality show da TV Globo, o modelo só chegou às lojas em outubro. Desde então, recebeu poucas novidades. Porém, nesses 12 meses os preços sugeridos do SUV compacto subiram, em média, 12,1%. Ou seja, bem acima dos 7,17% da inflação acumulada no mesmo período.

Entre os destaques, o Pulse tem arquitetura MLA, mais leve, rígida e moderna, segundo a Fiat. A versão de entrada do SUV, Drive com motor 1.3, é a única com câmbio manual de cinco velocidades. O quatro-cilindros, batizado de 1.3 firefly é flexível e gera até 190 cv de potência e 14,2 mkgf de torque com etanol. Com gasolina, são 101 cv e 13,7 mkgf, respectivamente.

No lançamento, essa opção tinha preço sugerido de R$ 79.990. Agora, são R$ 95.590, ou R$ 15.600 a mais. Em outras palavras, a alta de 19,5% equivale a quase o triplo da inflação acumulada no período. Na mesma versão, mas com câmbio automático do tipo CVT, o preço subiu de R$ 89.990 para R$ 102.590. Portanto, o aumento foi de R$ 12.900, ou 14%, o dobro da inflação apurada pelo IBGE.

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Fiat Pulse
Fiat Pulse recebeu poucas atualizações desde que foi lançado no País: Foto: KRPIX/ESTADÃO

Versões com motor 1.0

Com o Pulse, a Fiat estreou seu motor 1.0 turbo flexível de três cilindros com injeção direta no Brasil. São 130 cv de potência com etanol e 128 cv com gasolina. Já o torque máximo, de 20,4 mkgf com ambos os combustíveis, é entregue às 1.750 rpm. A versão de entrada com esse conjunto é a Drive 1.0 Turbo. No lançamento, o preço sugerido partia de R$ 98.990. Agora, começa em R$ 110.790. Assim, a alta foi de 11,9%, ou R$ 11.800 em 12 meses.

Fiat Pulse SUVs ranking
Modelo chegou com duas opções de trem de força em cinco versões: Foto: Fiat

Veja a comparação da tabela atual do Pulse com a da época do lançamento



Honda City também ficou mais caro

Seja como for, o Fiat Pulse não é o único que ficou bem mais caro pouco tempo após o lançamento. A nova geração do Honda City, nas versões hatch e sedã, estreou no Brasil em novembro do ano passado. Além das atualizações no visual, eletrônica e equipamentos, o carro traz uma nova arquitetura. Assim, o três-volumes substitui o Civic, que deixou de ser feito no País.

Para o hatch, as versões são EXL e Touring. Para o sedã, além dessas duas há a EX, de entrada. Os preços do modelo subiram, em média, 6,5%. Considerando todas as opções de carroceria e acabamento. Ou seja, também acima da inflação acumulada no período, que ficou em 5,85%.


A versão Touring do sedã teve o maior aumento. O carro partia de R$ 123.100 no lançamento e agora parte de R$ 132.200. Portanto, houve alta de R$ 9.100 ou 7,39%. O reajuste foi o maior aplicado à linha tanto em valores absolutos quanto em porcentual. No hatch, os reajustes foram um pouco menores.

A maior alta, de 6,61%, foi aplicada à tabela da versão Touring. Em novembro, o modelo tinha preço sugerido a partir de R$ 114.200. Agora, são R$ 121.200, uma alta de R$ 6.100. Para a EXL, a tabela subiu de R$ 114.200, em novembro, para R$ 121.200. Portanto, a alta foi de R$ 7 mil, ou 6,13%.

Nova geração do City tem versões hatch e sedã, que substitui o Civic; Foto: Honda

Veja a comparação da tabela atual do City com a da época do lançamento


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.