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Fiat Strada vai mal em crash test e recebe só 1 de 5 estrelas possíveis
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Fiat Strada vai mal em crash test e recebe só 1 de 5 estrelas possíveis

Segundo o Latin NCAP, que realiza testes de colisão, a baixa proteção oferecida pela Strada está ligada ao desempenho dos air bags e à estrutura instável

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

20 de out, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Fiat Strada crash testes
Fiat Strada apresentou estrutura instável e recebeu apenas 1 de 5 estrelas possíveis
Crédito:Divulgação/Latin NCAP

Líder absoluta de vendas no Brasil, a Fiat Strada foi mal na simulação de testes de impacto. Segundo o Latin NCAP, que realiza crash test de veículos, a picape recebeu apenas uma estrela de cinco possíveis. O resultado foi ruim tanto para a versão de carroceria simples quanto dupla. De acordo com o órgão, ao menos quatro aspectos ficaram abaixo do esperado. Ou seja, a estrutura, considerada instável, os air bags laterais de baixo desempenho, diferenças nos assentos entre os tios de cabine na simulação de impacto traseiro e a falta de sistemas de assistência à segurança.

De acordo com o Latin NCAP, a Strada de cabine simples avaliada tinha dois air bags frontais e controle eletrônico de estabilidade (ESC). Nesse caso, a picape obteve índices de proteção de 47,47% ao ocupante adulto, 22,08% ao infantil e 40,23% para pedestres e usuários vulneráveis. Por fim, nos sistemas de assistência à segurança a avaliação foi de 41,86%. Confira o vídeo do crash test abaixo:

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Por sua vez, a Strada com cabine dupla tinha quatro air bags, sendo dois laterais, bem como ESC. Nesse caso, os índices foram de 41,39% para ocupante adulto, 52,96% para infantil, 40,23% para pedestres e 48,84% em sistemas de assistência. Portanto, a maior diferença está ligada à segurança para crianças.



Principais áreas afetadas

De acordo com o relatório do Latin NCAP divulgado nesta quinta-feira (20), em caso de impacto frontal a estrutura do carro se mostrou instável. Esse problema também ocorre na área onde ficam os pés dos ocupantes. Além disso, os air bags laterais apresentaram desempenho inadequado e tamanho reduzido. Dessa forma, há baixo nível de proteção para cabeça e tórax, o que implica risco de ferimentos graves aos ocupantes.

Segundo o texto divulgado à imprensa, ”o resultado demonstra mais uma vez que ter um elemento de segurança não significa que ele funcione corretamente e ofereça proteção adequada, como era anteriormente o caso de outros modelos como o Renault Sandero/Logan/Stepway”.


Fiat Strada crash test
Divulgação/Latin NCAP

Os resultados foram diferentes conforme o tipo de carroceria para o chamado efeito chicote. Ou seja, quando, em desaceleração brusca, a cabeça é projetada para frente e, em seguida, se choca contra o encosto do banco. Na cabine dupla, a proteção foi considera adequada. Porém, na cabine simples, o desempenho foi classificado como “pobre”. De acordo com o órgão, essa diferença surpreendeu.

Stellantis se pronuncia

Assim, o secretário geral do Latin NCAP, Alejandro Furas, registrou descontentamento com o desempenho da Fiat Strada. “A Fiat (FCA) mais uma vez decepciona com um pobre resultado após o mau desempenho do Argo/Cronos no ano passado. Estes modelos estão entre os mais populares da região”, afirma.


Reprodução/Latin NCAP

Em nota, a Stellantis, dona da Fiat e da Ram, marca com a qual a Strada é vendida em outros mercados, informa que cumpre as regras estabelecidas pelas legislação. ”A Stellantis afirma seu compromisso com a Segurança Veicular, desenvolvendo veículos seguros e alinhados com o segmento, além do investimento constante em tecnologias de Segurança Ativa e Passiva. Reafirma ainda que seus automóveis atendem todas as regulamentações vigentes”.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.