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Latin NCAP dá cinco estrelas para o Chevrolet Tracker, mas com ressalva
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Latin NCAP dá cinco estrelas para o Chevrolet Tracker, mas com ressalva

SUV compacto conquistou as cinco estrelas máximas do Latin NCAP com seis airbags e controle de estabilidade; porém ganhou alerta de incêndio

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

16 de nov, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Latin NCAP
Para ocupantes infantis, o Tracker mostrou proteção total nos testes dinâmicos
Crédito:Latin NCAP/Divulgação

O Latin NCAP anunciou nesta quarta-feira (16) novos resultados de testes de colisão do Programa de Avaliação de Carros Novos para América Latina e o Caribe. O Chevrolet Tracker foi o modelo avaliado na bateria e recebeu as cinco estrelas máximas. Entretanto, o SUV compacto feito no Brasil também ganhou uma “nota de alerta” por causa de um incêndio.

Com produção em São Caetano do Sul (SP) e na Argentina, o Tracker obteve resultados satisfatórios graças à boa lista de equipamentos. De série, o SUV vem com seis airbags e controle eletrônico de estabilidade, por exemplo.

De acordo com o Latin NCAP, o Tracker conseguiu 91,07% na proteção de ocupantes adultos e 91,84% na de crianças. Além disso, conquistou 54,14% na proteção de pedestres e usuários, e 83,18% na assistência à condução. Para tanto, passou por provas de impacto frontal, lateral e de poste, impacto traseiro (whiplash), proteção de pedestres, frenagem autônoma de emergência, bem como assistentes à velocidade e detecção de ponto cego.

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Veja o vídeo

Nota boa, mas com ressalva

No relatório do órgão que realiza os crash-tests, um alerta. Após o teste de impacto lateral de poste, observou-se fogo no lado não esmagado do SUV, na área do pré-tensionador do cinto de segurança. Assim, houve dificuldade para soltar o cinto.



Cabe ressaltar que a GM recebeu notificação sobre o problema, o que gerou recall em abril. “O Latin NCAP entende que o fabricante deve se concentrar na causa do incidente, assim como nos efeitos após a batida para fornecer a solução correta. Embora a decisão do fabricante não ande de acordo com a recomendação do Latin NCAP, reconhecemos que a responsabilidade de resolver este incidente fique com o fabricante”, diz o comunicado.


“O Latin NCAP parabeniza as ações da Chevrolet em prol de veículos mais seguros na região”, diz Alejandro Furas, Secretário Geral do Latin NCAP. “A cooperação da General Motors foi positiva. Espera-se que as outras marcas atinjam o mesmo nível”, completa.

Latin NCAP
Latin NCAP/Divulgação

Nissan Qashqai

Apesar de nunca ter chegado ao mercado brasileiro, o Nissan Qashqai também conquistou um bom resultado nos testes do Latin NCAP. Feito no Reino Unido, o SUV sai de fábrica com seis airbags e controle de estabilidade. Dessa forma, também recebeu as cinco estrelas máximas nos testes de impacto.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.