O ano de 2022 está se despedindo. Mas, não sem antes deixar uma marca. Afinal, são 30 anos de comercialização dos modelos Corolla, Camry, Hilux e SW4 no mercado brasileiro. O que começou com uma singela participação no Salão do Automóvel de São Paulo de 1992 – após a reabertura das importações de carros no Brasil – hoje rende à Toyota a marca de aproximadamente 2 milhões de unidades vendidas do quarteto no País. Só o sedã médio já soma mais de 1 milhão de emplacamentos em três décadas de vendas no País.
De início importado do Japão, o Toyota Corolla sedã chegou ao Brasil na sua sétima geração. À época, vinha com motor 1.8 16V quatro cilindros com 115 cv. O câmbio era manual de cinco marchas na versão LE. Mas havia a possibilidade de ser equipado com transmissão automática, além de airbags e freios ABS. Tecnologias ainda pouco comuns no País.
Em seguida, veio a linha 1995 trouxe as carrocerias Station Wagon (perua) e na configuração de entrada, DX, para o sedã. Com motor 1.6 de 106 cv. O sucesso, em 1996, fez a planta de Indaiatuba (SP) começar a sair do papel.
A chegada da 8ª geração do Corolla, em 1997, definiu os passos seguintes da marca no Brasil. Para abrir os caminhos no mercado brasileiro, o modelo tinha motor 1.6 16V de 106 cv nas versões GLi (sedã) e XLi (perua). Os câmbio eram manual de cinco marchas (opção extinta entre modelos médios atuais) ou automática de quatro velocidades.
Produção nacional
Em setembro de 1998, o Corolla, enfim, ganha produção nacional na fábrica de Indaiatuba. Assim, chegou já com o facelift e adotou itens como airbag duplo, cintos dianteiros com pré-tensionadores e de três pontos, bem como apoio de cabeça para todos os ocupantes. Vinha com motor 1.8 16V quatro cilindros de 116 cv. As opções de câmbio se mantiveram.
No total, foram entregues mais de 50 mil unidades desta geração do Corolla até a chegada da linha seguinte. Aliás, ela trouxe também a perua Corolla Fielder (2004).
A 10ª geração, lançada por aqui em 2008, passou a contar – apenas dois anos depois – com o inédito motor 2.0 16V flex de até 153 cv. Em 2013, recebeu a série especial e esportiva, XRS. Logo depois, a 11ª geração veio em 2015 e tinha entre-eixos 10 centímetros maior e câmbio automático do tipo CVT entre as novidades.
Em 2017, o Corolla ganhou renovação visual, mais itens de conforto, conveniência e segurança. Itens como controles de estabilidade e de tração, e 7 airbags, por exemplo, renderam 5 estrelas ao sedã nos testes de colisão do Latin NCAP.
Em 2019, por fim, a 12ª geração – ainda à venda – tornou o Corolla o primeiro veículo híbrido flex do mundo. Na versão Altis Hybrid, combina o propulsor 1.8 flex 16V com 101 cavalos e dois motores elétricos de 72 cv. A potência total é de 122 cv.
Hilux
Bem como o Corolla, a picape Hilux também desembarcou no Brasil em 1992 (foto abaixo) importada do Japão de início. Em 1997, passou a ser feita na Argentina. Em 2005, estreou a sétima geração no País, recheada de inovações que passaram por visual, motorização e equipamentos. Hoje, a picape está na oitava geração. Ela foi lançada em 2015 com motor 2.8 16V turbo diesel de quatro cilindros e capaz de gerar 177 cv.
Em 2021, a picape – já com visual renovado – recebeu uma importante atualização mecânica no motor, que passou a gerar 204 cv. Recentemente, a picape recebeu mais três importantes versões: a GR-Sport com motor turbo diesel de 224 cavaloes e 55 mkgf de torque; a SRX Limited com mais itens de conforto e conveniência; e a Conquest, com visual mais off-road e itens exclusivos. Em 30 anos, tem mais de 700 mil unidades vendidas no Brasil.
SW4
Com vendas iniciadas junto com a Hilux, logo após o Salão Internacional do Automóvel, em 1992, a segunda geração do SW4 foi o veículo que inaugurou o segmento SUV na Toyota no Brasil. Hoje, com mais de 190 mil unidades emplacadas e está na quinta geração, que desembarcou aqui em 2016. Em 2021, o utilitário ganhou facelift e aumento de potência nas versões diesel (com 204 cavalos), além da inclusão de novos recursos, como controle de velocidade adaptativo e frenagem automática. Na linha 2023, o utilitário recebeu 20 cv na versão GR-Sport, agora com 224 cavalos.
Camry
Para disputar o segmento de sedãs grandes, o Camry desembarcou no Brasil em 1992. A ideia era oferecer o máximo em tecnologia, segurança, conforto, conveniência e status. Por isso, veio com motor 3.0 24V V6 de 188 cv e câmbio automático.
Com o passar do tempo, e já na oitava geração, o sedã custa R$ 339.720. Pelo preço, todavia, o híbrido oferece motor elétrico de 120 cv combinado a um motor a gasolina de 2,5 litros. A potência combinada é de 211 cv, e a transmissão é a automática eCVT com tração integral.
Se há 30 anos, portanto, airbags e freios ABS eram inovação no Camry, agora, a tecnologia vai além. Na lista, tem monitor de ponto cego, alerta de tráfego traseiro, controle de cruzeiro adaptativo (ACC), assistente de pré-colisão, entre outros itens. Ademais, tem aquecimento dos bancos dianteiros, ar-condicionado digital de três zonas, central multimídia com tela de 9″ e conexão com Android Auto e Apple CarPlay.