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Carro mais barato do Brasil teve preço reajustado em 36% em 2022
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Carro mais barato do Brasil teve preço reajustado em 36% em 2022

Por R$ 66.590, Renault Kwid Zen é o carro mais barato do Brasil no início de 2023; aumento no valor do hatch foi maior do que a inflação do País no ano

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

04 de jan, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Kwid brasil carro popular preço
Governo vai cortar impostos por tempo indeterminado para reduzir preço e carro popular custará abaixo de R$ 60 mil
Crédito:Renault/Divulgação

Desde que estreou no Brasil há cinco anos, o Renault Kwid está entre os carros mais baratos do País. Agora, no início de 2023, o hatch da marca francesa permanece no primeiro lugar da lista com a versão Zen, tabelada a R$ 66.590. Entretanto, esse preço é bem mais alto do que o do início de 2021, quando o Kwid também ocupava o posto de veículo mais em conta do Brasil. A versão Life, que saiu de linha em janeiro de 2022, tinha preço sugerido de R$ 48.790. Ou seja, em 12 meses o Kwid ficou 36,4% mais caro.

A alta é menor quando comparamos o preço da versão Zen. Em janeiro de 2021, essa opção tinha preço inicial de R$ 59.890. Dessa forma, o aumento foi de R$ 6.700 em 12 meses. Ou de 11,2%. Seja como for, de acordo dados do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a projeção da inflação de 2022 é de 5,62%. Assim, o compacto subiu mais do que o dobro da inflação prevista para o mesmo período.  

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Rodolfo BUHRER/Renault

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Kwid foi reestilizado em 2021

Além do visual renovado, que inclui dianteira mais moderna com faróis divididos e luzes de LEDs de uso diurno, o Kwid também ficou mais econômico e seguro. Todas as versões do Renault – Zen, Intense e Outsider – passam a vir de série com recursos como, por exemplo, controle eletrônico de estabilidade (ESP). Além disso, também traz assistente de partida em rampas, monitor de pressão dos pneus e sistema Start&Stop, que desliga e religa o motor sozinho em paradas longas no trânsito.

No mais, a versão Zen também tem equipamentos com alerta visual e sonoro da falta de uso do cinto de segurança em todos os bancos, direção elétrica, ar-condicionado, freios ABS, travas elétricas e quatro air bags, sendo dois frontais e dois laterais. O hatch da Renault tem motor 1.0 flex que gera até 71 cv de potência e 10 mkgf de torque, com etanol.

Rodolfo BUHRER/Renault

Em relação à economia de combustível, o modelo faz médias de 15,3 km/l com gasolina e de 10,8 km/l com etanol na cidade. Já na estrada, o consumo médio com o combustível fóssil fica em 15,7 km/l, e faz 11 km/l com o combustível de origem vegetal.



Mobi na disputa

Outro modelo que chegou a ser considerado o mais barato do Brasil foi o Fiat Mobi. Atualmente, o hatch da montadora italiana está na faixa dos R$ 66.990, ocupando o segundo lugar na lista. Entre os equipamentos de série há, por exemplo, ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, freios ABS, sistema de frenagem de emergência e airbag duplo. Já o motor é o 1.0 fire de até 74 cv e 9,7 mkgf.


Seja como for, tudo indica que a disputa entre Mobi e Kwid deve permanecer para 2023. Além deles, o Citroën C3 também veio forte para rivalizar nas vendas, com preço inicial de R$ 69.990. E com isso, vemos a expressão ‘preço de carro popular’ se distanciando cada vez mais do mercado brasileiro.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.