Enquanto se organiza para aumentar sua linha de veículos elétricos, a Volkswagen se prepara para algo inevitável: a extinção de novos motores a combustão. O CEO da empresa alemã, Thomas Schäfer, em entrevista ao jornal alemão Automobilwoche, disse que, por enquanto, o novo SUV T-Roc será o último novo motor a combustível fóssil da marca.
O modelo se junta ao Volkswagen Passat Variant e Tiguan como os últimos carros da marca que terão motores a combustão. Assim, os modelos que tem novas gerações já confirmadas ainda terão motores a gasolina ou diesel. Mas serão os últimos disponíveis nessas configurações. O Tiguan Allspace, por exemplo, já estreou na Argentina e está próximo do Brasil.
Prevista para 2025, a nova geração do T-Roc deve consolidar o fim do uso de motores com combustível fóssil, pelo menos na Europa. Segundo Schäfer, novos veículos com essa motorização não estão no horizonte da empresa, pelo menos por enquanto. A afirmação, porém, não crava que os modelos com motores térmicos terão fim definitivo na empresa. Mas apenas que novos motores desse tipo não estão em desenvolvimento.
O posicionamento de Schäfer confirma a recente fala do CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, que afirmou que nenhuma montadora está trabalhando em um novo motor a combustão na Europa. O Golf, por exemplo, receberá uma atualização em 2024, mas não há possibilidade de a nova geração ter motor a combustão. Daí a expectativa pelo conceito VW ID.2All, que antecipa o futuro compacto elétrico da marca com dimensões de hatch médio, mas com consumo de Polo.
Polo depende do Brasil para continuar em linha
Ainda assim, o continente europeu recentemente estendeu o prazo para o banimento de novos motores à combustão, previsto para 2035, o que pode prolongar a vida útil de projetos em andamento. Novos modelos poderão rodar livremente, desde que utilizem combustíveis sintéticos.
O CEO da marca afirmou ainda que, graças às restrições impostas pelas regras de controle de emissões Euro 7, o Polo está com os dias contados. Sem disponibilidade de uma versão com tecnologia híbrida, o hatch continuará em mercados como o Brasil, onde a versão Track substituiu o longevo Gol. Nesse caso, é possível que o elétrico ID.2all assuma seu lugar no Velho Continente.
No Brasil, a Volkswagen anunciou recentemente novidades para os próximos meses, bem como a vinda do SUV ID.4, demarcando sua intenção de vender elétricos no Brasil. Ainda sem planos oficiais de ser 100% elétrica no País, a marca acredita que futuros modelos híbridos, movidos a etanol, possam ser a chave para descarbonização do planeta.
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