O carro zero-km mais barato do Brasil é o Renault Kwid Zen, que parte de R$ 68.190. E não é só a disparada do preço que dificulta a compra, mas também a alta dos juros e a maior dificuldade na hora de contratar financiamento. Entretanto, uma boa opção para quem quer um modelo novo são os programas de ‘vendas diretas, oferecidos pelas montadoras. Além das pessoas com deficiência (PCD), produtores rurais e quem tem Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ, bem como Micro Empreendedores Individuais (MEIs) fazem parte do grupo.
Mas, apesar do incentivo, é preciso cumprir algumas regras. A principal diferença em relação ao desconto para PCD, por exemplo, está em como funciona o abatimento. No caso das pessoas com deficiência, o benefício abatimento, e até mesmo isenção, do IPI e ICMS. Porém, no caso do comprador com CNPJ, os descontos são bancados pela própria montadora. Assim, a porcentual de abatimento depende do modelo e do número de unidades que serão adquiridas.
Além disso, há concessionárias que atuam fortemente com vendas diretas. Dentre elas, estão autorizadas de marcas como Chevrolet, Fiat, Nissan, Renault, Volkswagen. E, justamente por isso, não há um desconto padrão. Geralmente, o abatimento no preço varia de 2% a 30%. Mas, vale lembrar que não são todos os modelos que entram catálogo. Portanto, a dica é fazer uma consulta prévia para saber se o carro desejado faz parte do programa.
Como obter o desconto para MEI
Para solicitar os descontos, que tem CNPJ deve, na maioria das montadoras, juntar documentos da abertura da empresa. Então, contrato social, inscrição estadual e E-CNPJ fazem parte da lista. Seja como for, cada marca tem suas próprias regras. Portanto, algumas podem solicitar comprovação de quadro societário ou até mesmo uma Certidão Simplificada do Cartório.
No caso de MEI, o documento básico é o Certificado da Condição de Microempreendedor Individual. Além disso, vale ficar atento à categoria. Ou seja, para ser considerado MEI, o faturamento anual não pode passar de R$ 81 mil. Ou seja, caso a compra envolva um carro de valor muito acima disso, deve haver dificuldade na contratação de crédito.
Por fim, documentos como RG e CPF, bem como a CNH, também fazem parte da lista. E, se o comprador não for sócio da empresa, é preciso apresentar procuração, bem como o pedido assinado pelo cliente.
E para o produtor rural?
Para o produtor rural, as exigências são outras. Assim como para quem tem CNPJ, a lista de documentos varia conforme a fabricante. Seja como for, é preciso ter a atividade formalizada. Assim, algumas marcas exigem, por exemplo, comprovante de pagamento do Imposto sobre propriedade Territorial Rural (ITR).
Em outros casos, o interessado deve apresentar outros documentos. A lista inclui Declaração Cadastral de Produtor (DECAP), Declaração Cadastral (DECA) e Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR), bem como Declaração do INCRA sobre o CCIR e Cadastro de Imóveis Rurais (CAFIR). Por fim, as fabricantes também podem solicitar o documento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e Cadastro de Ambiente Rural (CAR).
Entrega pode demorar
Apesar dos benefícios, os programas de venda direta de carros também têm desvantagens. Uma delas é o prazo de entrega. Assim, o modelo pode levar 40 dias pra chegar. Outro ponto que requer atenção é o atendimento pós-venda. Em troca de oferecer descontos maiores, algumas marcas podem reduzir a o tempo de garantia.
Vale lembrar também que, nesse tipo de operação, o comprador se compromete a ficar com o carro por um período mínimo. Ou seja, o veículo só pode ser revendido após 12 meses. Por fim, outra boa dia pesquisar o preço do seguro. Afinal, algumas companhias oferecem desconto para veículos registados em nome de pessoas jurídicas. Portanto, isso pode representar uma boa economia.