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Carro de aplicativo que transporta pets já atende 700 cidades do Brasil
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Carro de aplicativo que transporta pets já atende 700 cidades do Brasil

Na modalidade pet, carro de aplicativo tem capa nos bancos e leva animais de estimação com até 10 kg, mas só está em duas capitais

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

11 de mai, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Aplicativo
Aplicativo já transportou mais de 30 mil animais
Crédito:Divulgação/Garupa

O uso de carro de aplicativo faz parte do dia a dia de milhões de pessoas no mundo todo. Porém, nem todos os motoristas aceitam levar pets. Aliás, muitos cancelam a corrida quando descobrem que o tutor precisa ir com o bichinho ao veterinário ou ao pet shop, por exemplo. De olho nesse mercado, o Garupa, app criado em 2017, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, passou a oferecer uma opção focada no transporte de animais domésticos.

Conforme a empresa, o serviço, batizado de Garupa Pet, já atendeu mais de 30 mil totós e gatos, entre outros, desde então. Para isso, há capas impermeáveis nos bancos em todos os carros de aplicativo que atuam na modalidade. Assim, eles podem levar animais de pequeno e grande porte, com até 10kg. Porém, a empresa não informa como é feita a aferição de peso do pet. Portanto, na prática, a aceitação da corrida acaba ocorrendo de forma intuitiva.



Atualmente, o serviço está disponível em mais de 700 cidades de 19 Estados do País. Entretanto, as únicas capitais servidas são Porto Alegre e Brasília. Conforme o CEO do app, Marcos Trindade, a meta é passar a atender Belo Horizonte ainda em 2023. De acordo com ele, a ideia foi entrar em cidades pequenas e médias primeiro. “Agora, com a operação mais consolidada, estamos chegando às capitais.”

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Serviço deve chegar a Belo Horizonte ainda em 2023; Foto: Patrícia Cancado/Estadão

Grandes empresas de carro de aplicativo não oferecem o serviço

Marcondes diz que a ideia de criar o serviço surgiu após ele constatar que os concorrentes não atendiam esse público. Segundo ele, os usuários têm necessidades diferentes. “Entendemos que cada uma delas pode virar um novo nicho de mercado”, diz. Neste ano, mais de 110 motoristas se cadastraram na modalidade pet. Embora o número absoluto seja pequeno, representa um crescimento de 50% em relação aos registros feitos mesmo período de 2022.

Conforme a assessoria de comunicação do Garupa, os usuários pagam, em média, R$ 15 por viagem. Vale lembrar que na maioria das cidades cobertas pelo serviço não há engarrafamentos. Portanto, o custo do serviço pode variar bastante no caso das capitais.


O Garupa Pet funciona como os demais serviços de carro por aplicativo. Ou seja, primeiro é preciso baixar o app para celulares com sistemas operacionais Android e IOS. Depois, basta escolher a modalidade de transporte. ”O mercado pet não para de crescer”, afirma Marcondes que diz que os animais de estimação fazem parte das famílias. “E precisam ser transportados adequadamente. Por isso, implantamos o serviço.”

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”