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Volkswagen prepara T-Cross elétrico e outros dois SUVs a baterias
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Volkswagen prepara T-Cross elétrico e outros dois SUVs a baterias

Volkswagen prepara novos modelos de SUVs para compor sua linha de elétricos; ofensiva faz parte da estratégia de eletrificar a linha até 2030

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

08 de mai, 2023 · 6 minutos de leitura.

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VW ID.4
Volkswagen prepara novos SUVs para compor sua gama de elétricos
Crédito:Divulgação/Volkswagen

A Volkswagen vai aumentar sua linha de veículos elétricos, já composta por nomes como ID.4 e ID.5, nos próximos anos. Segundo a revista inglesa Autocar, a montadora está planejando mais três novos SUVs, sendo um deles derivado do ID.2, um Tiguan elétrico totalmente renovado e ainda um SUV topo de linha, também a bateria, por exemplo.

Os modelos ID.4 e ID.5 também receberão conjuntos elétricos mais potentes ainda esse ano, segundo a reportagem. Não há maiores detalhes de qual será o trem de força escolhido, mas especula-se que seja o mesmo presente no modelo ID.7, que utiliza tração traseira e 210 kW, significando 285 cv. Provavelmente também haverá o uso de tração integral, como apresentado no Cupra Tavascan, por exemplo.



Além do novo motor elétrico oriundo do ID.7, a tração integral conta com um eixo dianteiro elétrico Magna, de 80 kW, e a potência do conjunto terá limite de 250 kW pela bateria. O novo trem de força, bem como novidades no entretenimento a bordo, virão juntas de uma reestilização para ambos os modelos, em 2024. Espera-se também uma nova tela sensível ao toque, de 15,4 polegadas, vista no ID.3 remodelado.

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Novo Volkswagen Tiguan também será elétrico

Test: VW Tiguan eHybrid – Des Kaisers neue Kleider | Gute Fahrt
Foto: Jan Mayor/Divulgação

Um novo Tiguan, depois de muito especulado, chegará primeiro. O modelo terá um visual mais tradicional, se comparado ao ID.4 e ID.5, por exemplo, e tem lançamento previsto para os próximos dois anos. No entanto, será possível escolher a configuração de tração disponível, entre traseira e integral, bem como a disposição de assentos: entre 5 e 7 lugares.

O veículo usará como base a plataforma elétrica MEB+, que oferece mais potência de carregamento e autonomia, por exemplo. Além disso, o modelo também terá a nova célula de bateria unitária da marca, com lançamento em 2025. Sobre dimensões, o modelo a combustão mede 4,55 metros de comprimento, o que o coloca lado a lado com o ID.4 e ID.5, mas será oferecido junto deles. Aparentemente, o modelo será fabricado em Wolfsburg.


Marca planeja um SUV pequeno

SUV usará de tecnologia do modelo ID.2all; foto:Volkswagen/Divulgação

A marca ainda planeja mais um SUV, desta vez compacto. O modelo seria uma opção elétrica frente ao T-Cross, logo, será uma oferta mais básica na linha de eletrificados. Podendo se chamar ID.2X, ele possivelmente compartilhará a tecnologia de outros modelos, como o SUV de entrada da Skoda e o ID.2all, por exemplo. Sua previsão de chegada ao mercado é em 2026.

O modelo usará uma versão reduzida da plataforma MEB, em que apenas a tração dianteira será oferecida. Estarão disponíveis baterias com 38 kWh e 56 kWh, o que entrega ao modelo uma autonomia de 290 a 420 km, por exemplo. No entanto, a marca utilizará baterias de células padrão, com química LFP de baixo custo, vindas de uma fábrica da marca específica para produção dessas células, em Sagunto, na Espanha. Os veículos, no entanto, terão produção em Barcelona.


O terceiro SUV da Volks será posicionado entre o Tiguan e o Touareg, e usará como base a Plataforma de Sistemas Escaláveis (SSP). Com isso, ele deve medir entre 4,50 a 4,90 metros de comprimento, e pode substituir o modelo ID.8, com sete lugares e 4,88 m, a venda apenas na China. No entanto, seu lançamento está previsto apenas para 2028.

Assim como nas propostas anteriores, será possível escolher a tração desejada, e por ter uma plataforma que suporta sistemas de 800 volts, possui carregamento ultra-rápido. Modelos mais caros utilizarão baterias com química NMC, que fazem parte do conjunto de células unitárias prismáticas disponíveis, sendo a LFP para modelos mais baratos.

Por fim, o SUV topo de linha se assemelha ao sedã elétrico de nome “Trinity”, baseado na mesma plataforma SSP, desenvolvido durante a gestão de Ralf Brandstätter.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”