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RAM Rampage: picape irmã da Toro estreia com luxo de Jeep; veja os preços
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RAM Rampage: picape irmã da Toro estreia com luxo de Jeep; veja os preços

RAM Rampage chega como a picape mais potente à venda no País, com motor 2.0 turbo do Wrangler de 272 cv; tem opção diesel e cinco versões

Jady Peroni, com Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

20 de jun, 2023 · 15 minutos de leitura.

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RAM Rampage
RAM Rampage estreou no Brasil com preços a partir de R$ 239.990
Crédito:Ram/Divulgação

Tradicional no segmento de picapes, a RAM lançou a Rampage no Brasil. A picape é o primeiro modelo da marca desenvolvido e concebido no País – sai das linhas do Polo Automotivo Stellantis, em Goiana (PE). A novata já chega com o destaque de ser a picape mais potente e veloz do Brasil, posto até então ocupado pela VW Amarok V6 de 258 cv. Em cinco versões de acabamento, preços partem de R$ 239.990.



Com pré-vendas iniciadas nesta quinta-feira (22) – 500 unidades, por meio online -, a Rampage chega à rede de concessionárias em meados de agosto. Às mãos dos clientes, as primeiras unidades produzidas serão entregues até setembro. Os preços ficam assim:

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  • Rebel: R$ 239.990
  • Rebel (motor Hurricane 4): R$ 249.990
  • Laramie: R$ 249.990
  • Laramie (motor Hurricane 4): R$ 259.990
  • R/T: R$ 269.990
RAM Rampage
RAM Rampage conta com duas opções de motor – Vagner Aquino/Jornal do Carro

Único opcional: R$ 6.000. O pacote inclui som premium Harman Kardon, banco elétrico para o passageiro dianteiro e Ambient Light (iluminação interna diferenciada). No mais, a picape tem vasta lista de acessórios Mopar que contém portfólio com mais de 30 opções, que vão de santantonio a estribo elétrico ou fixo e divisor modular de caçamba, por exemplo.

Ainda em valores, cabe ressaltar que o projeto consumiu investimento superior a R$ 1,3 bilhão. O montante, no entanto, faz parte do total de R$ 16 bilhões que a Stellantis vem colocando no Brasil desde 2018 até 2025.


Lanterna tem detalhe com bandeira dos EUA – Divulgação/RAM

Mercado

A RAM está que é só comemoração. De acordo com o pessoal de marketing da fabricante, houve crescimento de 1.500% de 2019 a 2022. Em números, no segmento de marcas premium, a norte-americana pulou de 1,5% para 18% no período. Ao Jornal do Carro, o responsável pelo setor, Everton Kurdejak, preferiu não cravar números de estimativa de vendas, mas acredita que a versão de entrada Rebel fique com 40% do mix, já a Laramie seja responsável por 45% e, por fim, a R/T abocanhe os 15% restantes.

“As pré-vendas acontecerão justamente para entender a demanda da clientela”, argumenta o executivo. Sobre adversários, ele afirma que “a concorrência da Rampage é composta por qualquer carro que custe em torno de R$ 250 mil”. Assim, sequer cita a Toyota Hilux ou a Ford Maverick, picape de porte semelhante que parte de R$ 244.890.


RAM Rampage
Rampage foi desenvolvida no Brasil – Divulgação/RAM

Duas opções de motor

A RAM Rampage conta com duas opções de motor. O 2.0 turbodiesel de 170 cv e 38,8 mkgf de torque equipa as versões Rebel e Laramie. Enquanto isso, o motor Hurricane 4 a gasolina de 272 cv e 40,8 mkgf está disponível para as três variantes, sendo a única opção para a topo de linha R/T. Seja como for, todas as configurações contam com câmbio automático de 9 marchas e opção de trocas manuais através das aletas inéditas no volante. De acordo com a marca, no consumo, o motor turbodiesel alcança 9,9 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada. Com a opção a gasolina, os números caem para 8 km/l e 10 km/l, respectivamente.

Nova RAM Rampage é musculosa

Apesar de produzida na mesma plataforma da prima Fiat Toro (ambas pertencem à Stellantis) – entretanto, com mudanças estruturais consideráveis -, o quinto veículo que sai da fábrica pernambucana traz características semelhantes ao das irmãs 1500, 2500 e 3500. Além disso, cabe lembrar que a Rampage é a primeira RAM concebida fora da América do Norte. Destaque para os ângulos musculosos, a grade trapezoidal e as luzes iluminadas por LEDs.


Versão topo de linha R/T conta apenas como motor Hurricane 4 – Divulgação/RAM

Dependendo da versão, pode ter acabamentos em plástico preto e tom grafite (Rebel) ou cromados (Laramie) em partes como grade, capas dos retrovisores e maçanetas, por exemplo. As rodas têm, sempre, 17″, 18″ ou 19″ (da mais barata para a mais cara).

Na versão mais esportiva, a R/T (sigla herdada da Dodge e que vem do inglês “Road/Track”), a picape ostenta componentes na cor da carroceria e detalhes em preto brilhante. Nessa versão , os emblemas ficam nos para-lamas traseiros e nas rodas. O pacote esportivo tem até teto pintado em preto.


Porte parecido com o da Ford Maverick

De acordo com a ficha técnica da RAM, a Rampage tem 5,03 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,78 m de altura (1,77 m na R/T) e 2,99 m de espaço entre os eixos. Já os ângulos de entrada e saída, por fim, ficam em 25,7 graus (25 graus na R/T) e entre 27,5 e 24,5 graus nas demais configurações. Para se ter ideia, tem medidas bem semelhantes à Ford Maverick. Respectivamente, o modelo da fabricante do oval azul mede 5,07 m, 1,84 m, 1,74 m e 3,07 m.

RAM Rampage
Versão topo de linha tem pegada mais esportiva – Divulgação/RAM

O que tem a nova picape da RAM?

Para tentar roubar clientes de marcas premium – a meta consiste em tomar a liderança da BMW -, a RAM investiu no luxo. A picape vem com excelente acabamento e materiais de primeira, como couro e suede, por exemplo. O ar-condicionado é sempre digital, de duas zonas, e tem saídas para os ocupantes traseiros. Luz ambiente de LEDs e sistema de som Harman Kardon, com dez alto-falantes e subwoofer também seguem na lista da Rampage, de série na versão R/T e opcionais nas demais configurações.


Banco do motorista com ajuste elétrico e telas digitais para quadro de instrumentos e (10,3″) e central multimídia Uconnect (12,3″) também vêm como conteúdo de fábrica. Tem, ademais, conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. Dá para conectar até dois smartphones. E, como celular hoje é crucial, a RAM decidiu incluir na lista o carregador por indução com saída de ar para resfriar o telefone. Por fim, 6 portas USB (três delas do tipo C) ficam espalhadas pela cabine.

RAM Rampage conta com aletas no volante para trocas de marchas manuais – Divulgação/RAM

Bem como na 1500 Limited, o Ram Connect (conjunto de serviços conectados) também é disponível na Rampage. Com ele dá, por exemplo, para consultar dados da picape remotamente, como pressão dos pneus, nível de combustível, partida do motor e saber quando será a próxima revisão. Aliás, a soma das três primeiras revisões – a cada 20 mil km (diesel) e a cada 12 mil km (gasolina) ou 1 ano – é de R$ 4.464 nas versões com o motor diesel e de R$ 3.021 quando equipada com o Hurricane 4.


Boa lista de equipamentos

A marca também não deixou a segurança de lado. Na lista, sete airbags, controle de estabilidade, mitigação de rolagem da carroceria, comutação automática do farol alto, monitoramento da pressão dos pneus, sensores de chuva e de luminosidade, bem como auxílios à condução, como controle de velocidade adaptativo com Stop&Go, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência e detecção de pedestres e ciclistas. Por fim, monitoramento de pontos cegos, detecção de tráfego cruzado traseiro e alerta de saída de faixa com correção completam a lista.

Ao contrário de outras picapes vendidas no mercado, a caçamba da Rampage, que conta com espaço para 980 litros, já vem de série com revestimento e abertura elétrica por botão na chave. Tem, inclusive, amortecimento para a porta e iluminação por LEDs. Capota marítima, entretanto, só como acessório pago à parte. Ainda não há preço divulgado.

Capacidade volumétrica da caçamba é de 980 litros – Divulgação/RAM

Primeiras impressões na RAM Rampage

Na direção, a RAM Rampage mostra para o que veio. Nós aceleramos a picape no Circuito dos Cristais, em Confins (MG), nas versões Rebel e R/T. Na configuração topo de linha, o teste foi em pista, com provas de conforto e aceleração. Por isso, pisamos fundo para ver a resposta da picape, que vai de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos. E boas surpresas surgiram. Embora seja um carro pesado e grande, a Rampage responde bem às acelerações, além de proporcionar uma direção confortável.

O modelo, equipado com o motor a gasolina, ainda conta com o modo R/T. Ou seja, eleva a esportividade proporcionando uma direção mais firme e trocas de marcha mais rápidas. Dessa forma, as repostas também ficam mais ágeis. Por ter essa pegada esportiva, a versão R/T conta com molas e amortecedores mais firmes, além de rodas de 19 polegadas. Por fim, vale mencionar o escapamento duplo, que reforça o ronco do motor.

RAM Rampage
Tração é 4×4 automática com opção de reduzida – Divulgação/RAM

Também teve off-road

Além de acelerar a Rampage em pista, a RAM também ofereceu um test-drive off-road. Antes do início do teste, foi colocado um peso de 500 kg na caçamba da configuração Rebel. Cabe mencionar que a capacidade de carga é de 1.015 kg nas versões a diesel e de 750 kg com o propulsor a gasolina. Mas voltando para a avaliação, passamos por trechos sinuosos, com lama, areia e muita água. Entretanto, mesmo com o peso extra na caçamba, a picape se mostrou na mão, com uma direção estável.

A tração é sempre 4×4 automática, com opção de reduzida por meio de um botão no console. Quando acionado, o carro oferta mais força em terrenos difíceis. De série, a RAM Rampage também conta com o sistema Hill Descent Control (HDC), que aciona os freios e auxilia em descidas off-road. Durante o percurso, as suspensões readaptadas para a picape fazem a diferença no conforto e na dirigibilidade. São elas McPherson na frente e Multilink atrás. Além disso, o diâmetro de giro de 11,9 m (12 m na R/T) ajuda nas estradas e nas curvas mais fechadas.

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Prós

  • Rampage é confortável na direção e oferta amplo espaço na cabine, além de extensa lista de recursos de segurança e auxílio ao motorista.

Contras

  • Alto consumo.

Ficha Técnica

RAM Rampage Rebel

RAM Rampage R/T

Preço sugerido

R$ 239.990

Preço sugerido

R$ 269.990

Motor

2.0 Multijet, turbodiesel, 16V

Motor

2.0 Hurricane 4, turbo, a gasolina, 16V

Potência

170 cv a 3.750 rpm

Potência

272 cv a 5.200 rpm

Torque

38,8 mkgf a 1.750 rpm

Torque

40,8 mkgf a 3.000 rpm

Câmbio

Automático de 9 marchas

Câmbio

Automático de 9 marchas

Tração

4x4 automática com reduzida

Tração

4x4 automática com reduzida

Pneus

235/65 R17 All Terrain

Pneus

235/55 R19

Comprimento

5,03 m

Comprimento

5,03 m

Largura

1,87 m

Largura

1,87 m

Altura

1,78 m

Altura

1,77 m

Entre-eixos

2,99 m

Entre-eixos

2,99 m

Peso (em ordem de marcha)

1.936 kg

Peso (em ordem de marcha)

1.917 kg

Caçamba

980 litros

Caçamba

980 litros

Capacidade de carga

1.015 kg

Capacidade de carga

750 kg

Tanque de combustível

60 litros

Tanque de combustível

55 litros

Velocidade máxima

186 km/h

Velocidade máxima

220 km/h

0 a 100 km/h

10,9 segundos

0 a 100 km/h

6,9 segundos

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.