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Efeito Volvo? BYD baixa preço dos SUVs Yuan Plus e Song Plus
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Efeito Volvo? BYD baixa preço dos SUVs Yuan Plus e Song Plus

Em resposta ao lançamento do Volvo EX30, BYD sofre revés da estratégia de sucesso do Dolphin, e baixa preço de Yuan Plus e Song Plus; veja valor

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

06 de out, 2023 · 4 minutos de leitura.

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BYD Song Plus DM-i híbrido trimestre
BYD Song Plus é o atual líder do segmento de carros híbridos no Brasil
Crédito:Diogo de Oliveira/Estadão

O alvoroço provocado pela BYD com a chegada do Dolphin fez a concorrência se mexer, provocando queda nos preços dos modelos rivais. Entretanto, agora a história se repete, contra a montadora chinesa, que baixou os valores pedidos em dois de deus SUVs. Para manter o interesse do público diante do lançamento do Volvo EX30, Yuan Plus e Song Plus tiveram seus preços reduzidos.

O motivo para isso está no valor pedido pela concorrente sueca. O SUV elétrico chegou custando R$ 219.950, o que provocou uma reação em cadeia nos competidores. Assim, a Peugeot baixou o preço do hatch e-208, e restou à BYD fazer o mesmo: o SUV híbrido Song Plus e o elétrico Yuan Plus custam R$ 229.800. 

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Modelos da BYD baixaram os preços em R$ 40 mil

BYD Yuan Plus
BYD Yuan Plus é SUV elétrico da marca, e também baixou de preço (DIOGO DE OLIVEIRA/ESTADÃO)

Vale lembrar que o preço antigo dos dois era R$ 40 mil mais caro, e saiam por R$ 269.990. O BYD Song Plus conta com um motor 1.5 a gasolina de 110 cv e outro motor elétrico com potência equivalente a 179 cv. Juntos, os dois geram 235 cv de força e um torque máximo de 40,8 mkgf, por exemplo. Assim, a aceleração de zero a 100 km/h é feita em 8,5 segundos. 

De acordo com a marca chinesa, o motor a combustão serve para impulsionar as rodas, bem como para alimentar a unidade elétrica. Além disso, tem bateria de 8,3 kWh e tração dianteira.


Já o Yuan Plus traz o conjunto elétrico no cofre dianteiro, tal como um SUV com motor flexível. Porém, o chinês não tem escape nem emite poluentes. O seu motor elétrico gera o equivalente a 204 cv de potência e um torque máximo imediato de 31,6 mkgf. Assim, com ele, segundo a BYD, o SUV elétrico acelera de zero a 100 km/h em 7,3 segundos.

Por fora, o visual é elegante e lembra os demais modelos da chinesa BYD, como o sedã Han EV e o SUV de 7 lugares Tan EV. Por dentro, destaque para o acabamento caprichado, com muitas peças macias ao toque. E para o conforto e a autonomia, que supera 450 km no ciclo WLTP.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.