A BYD planeja encerrar a produção das baterias usadas em seus carros híbridos – como o Song Plus, disponível no Brasil. A preocupação é com a durabilidade dos componentes, que podem vazar depois de um tempo.
De acordo com informações da agência Reuters, duas fábricas da empresa na China já converteram suas linhas, trocando a produção de baterias do tipo bolsa, que podem dar problema, para baterias prismáticas, consideradas mais seguras. Como diz o nome, as baterias do tipo bolsa trazem as células de combustível embrulhadas em uma bolsa fina de alumínio laminado.
Contudo, uma terceira fábrica em Qinghai continua fazendo as baterias tipo bolsa para não interromper totalmente a produção dos carros híbridos. Essa categoria foi responsável pela metade das vendas da montadora no mundo no ano passado. Mas até o início de 2025, a ideia é que nenhum dos carros da BYD receba os componentes que podem apresentar defeitos.
BYD não tem casos de vazamento registrados
Por outro lado, ainda não há nenhum caso de reclamação de consumidores sobre um suposto problema com as baterias. A própria BYD tomou a atitude de substituir o componente após análises internas e de especialistas que atestaram a chance de vazamento. Em casos extremos, pode haver risco de incêndio e até explosões.
Outras montadoras já haviam feito alertas sobre os perigos dessas baterias. Em 2021, a Volkswagen abandonou o componente, enquanto Elon Musk, CEO da Tesla, disse ser totalmente contra o seu uso. Isso porque as baterias poderiam atingir temperaturas assustadoramente altas.
Já em 2022, a BYD fez um recall de 60 mil unidades do Tang (vendido no Brasil como Tan e apenas em versão elétrica) equipados com as baterias tipo bolsa. Até o momento, a empresa não se pronunciou sobre o caso.
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