No último trimestre de 2023, a BYD superou a Tesla e se tornou a maior fabricante de elétricos do mundo. Ao todo, a marca chinesa conseguiu emplacar mais de 526 mil veículos elétricos, enquanto a montadora de Elon Musk vendeu cerca de 484 mil unidades. Pois no início de 2024, o CEO da fabricante norte-americana fez algumas declarações sobre a indústria chinesa automotiva. De acordo com Musk, as montadoras chinesas irão ocupar cada vez mais espaço e “demolir” as fabricantes rivais.
Para o CEO da Tesla, as fabricantes chinesas terão sucesso significativo fora da China. “Se não forem estabelecidas barreiras comerciais, elas praticamente demolirão a maioria das outras empresas automobilísticas do mundo. Eles são extremamente bons”, disse o executivo durante a teleconferência de resultados da Tesla. O elogio, no entanto, vem mascarado com um certo receio de Musk. Afinal, ele afirmou que as marcas da China são mais competitivas.
O comentário, no entanto, traz algumas rusgas à tona. Isso porque, em 2011, Elon Musk chegou a rir e “zombar” da BYD. Na época, o CEO afirmou que não achava que a marca tinha um produto bom e que não via uma ameaça. “A tecnologia não é um ponto forte”, disse Musk à Bloomberg TV. No entanto, as cartas se inverteram no jogo e hoje a BYD, bem como outras marcas chinesas, avançam rapidamente no mercado,
Tesla quer correr atrás
Seja como for, a preocupação faz sentido. Atualmente, a empresa de Musk conta com dois modelos de altas vendas no portfólio. São eles Model 3 (carro mais barato da marca na faixa de US$ 43 mil, cerca de R$ 211 na conversão) e Model Y. A expectativa é de que a marca lance um veículo elétrico mais acessível, na faixa dos US$ 25.000. Ou seja, cerca de R$ 125 mil na conversão direta e sem impostos. A produção, segundo Musk, pode começar em meados de 2025.
As informações, aliás, também são bem escassas. O que foi divulgado até o momento é que o carro será feito em uma plataforma totalmente nova, que custará metade dos valores das arquiteturas de Model 3 e Model Y. De acordo com Musk, o compacto também terá processos de manufatura e design mais simplificados em relação aos atuais carros da marca. Tudo com a intenção de cortar custos e atingir maior volume de produção.
Já no outro lado do jogo, a BYD já traz um portfólio mais extenso. Até mesmo com modelos mais baratos como o BYD Seagull. O compacto, inclusive, está prestes a chegar em território brasileiro como Dolphin Mini. A promessa é de que a faixa de preço fique em R$ 100 mil.
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