Um dos carros mais clássicos da Mercedes-Benz, o Classe G mudou muito pouco em 45 anos de existência. Sua última reformulação mais significativa foi em 2018, mas o jipão está prestes a estrear um visual levemente renovado e muitas novidades na mecânica – inclusive na parte de eletrificação.
Ainda não chegou a vez, contudo, do lançamento do EQG, a versão elétrica do SUV parrudo que estreia ainda em 2024. Mas sim do sistema híbrido leve que equipa as versões G550 e G63 AMG.
Motorizações dos Mercedes G550 e G63 AMG
O G550 abre mão do V8 para dar lugar a um 3.0 de seis cilindros em linha auxiliado por um pequeno gerador elétrico de 20 cv e 20,4 mkgf. No total, o modelo entrega 450 cv de potência e 57,1 mkgf. Esse conjunto é mais potente que o antigo V8, com seus 422 cv, entretanto o torque diminuiu dos 62,2 mkgf anteriores. O câmbio automático de nove marchas foi revisado para aumentar a eficiência, especialmente em baixas rotações.
Já o G63 também recebe o auxílio do mesmo sistema híbrido leve, mas pareado ao motor V8 4.0 biturbo. Mas os números de desempenho não mudam em relação ao antecessor, apesar de uma leve melhora no consumo. Assim, rende 485 cv e bons 86,7 mkgf de torque. Com esse conjunto, o SUV chega aos 100 km/h em 4,2 segundos – 1,1 segundo mais rápido que o G550.
Novidades na lista de equipamentos
Só o G63 pode receber o novo controle ativo de suspensão Active Ride, que tem controle hidráulico de rolagem para melhorar o comportamento tanto em pisos danificados quanto no asfalto.
Já o cockpit digital com configuração off-road e a tecnologia de capô transparente estão presentes também no G550. O recurso é emprestado do SUV elétrico EQE e usa câmeras embaixo do veículo para que o motorista consiga ver obstáculos no chão.
Para os compradores do Classe G que preferirem rodar na cidade, as novidades de conforto a bordo serão mais úteis que os equipamentos para a terra. Além da central multimídia, que agora passa a ser sensível ao toque, há também porta-copos climatizados, carregador de celular por indução e telas para os passageiros traseiros com 11,6 polegadas.
Por fim, a Mercedes também ampliou o programa de personalização da marca, chamado Manufaktur. Ou seja, deverá satisfazer os clientes que acharem que os leves retoques no para-choque e na grade não foram o suficiente para diferenciar o novo modelo do anterior. Preços ainda não foram divulgados, mas a expectativa é de que os valores girem em torno de US$ 150 mil (R$ 746.500 na conversão direta) para o G550 e US$ 190 mil (R$ 945.600) para o G63 AMG. No Brasil, atualmente, apenas o G63 AMG está disponível por R$ 1.932.900.
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