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Novo Mercedes-AMG GT 43 estreia com 422 cv e motor ‘pequeno’
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Novo Mercedes-AMG GT 43 estreia com 422 cv e motor ‘pequeno’

Mercedes-AMG GT ganha conjunto emprestado do hot hatch AMG A 45 S: um motor 2.0 com muita potência e esportividade, e sistema híbrido-leve

Rodrigo Tavares, especial para o Jornal do Carro

21 de mar, 2024 · 4 minutos de leitura.

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Mercedes-AMG GT 43 Coupè recebe motor quatro cilindros e muita potência
Crédito:Mercedes Benz/Divulgação

Colocar um motor 2.0 quatro cilindros e um sistema híbrido-leve de 48V em um esportivo conhecido por seu motor V8 Biturbo pode parecer loucura, mas pode fazer sentido. É o caso do novo Mercedes-AMG GT 43 Coupé, cuja motorização pode torcer o nariz dos fãs puristas do modelo. Entretanto, o argumento do novo motor está nos números: 422 cv de potência e 51 mkgf de torque.

O conjunto emprestado do AMG A 45 S conta com a transmissão AMG Speedshift MCT de dupla embreagem e 9 marchas, bem como a tração traseira. Entretanto, diferente do hot hatch, seu torque já está disponível entre 3.250 rpm e 5.000 rpm, enquanto o hatch precisa ir até as rotações mais altas.



Mercedes-Benz/Divulgação
Mercedes-Benz/Divulgação

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Dependendo da situação, o conjunto não conta apenas com um impulso adicional de 14 cv, vindo do gerador de partida acionado por correia. Um turbocompressor elétrico também auxilia na tarefa, composto por um pequenino motor elétrico, de cerca de 4 cm de largura, colocado entre a roda da turbina no lado do escapamento, e a roda do compressor no lado do ar fresco.

Mercedes-Benz/Divulgação
Mercedes-Benz/Divulgação

Esse motor elétrico aciona o eixo do turbocompressor, acelerando a roda do compressor antes mesmo do ar do escape assumir a tarefa, por exemplo. Além disso, junto da transmissão automatizada de nove velocidades, o modelo pesa 200 kg a menos que a versão V8, melhorando a agilidade do esportivo.


Cinco modos de condução estão disponíveis no Mercedes-AMG GT 43

Mercedes-Benz/Divulgação
Interior recebeu pouquíssimas mudanças (Mercedes-Benz/Divulgação)

Opcionalmente, é possível adquirir amortecimento ajustável adaptativo, onde uma central eletrônica analisa a força aplicada no amortecimento e a distribui nas rodas, em apenas milissegundos. Cinco modos de condução, incluindo um específico para condução em pista, estão disponíveis no pacote opcional AMG DYNAMIC PLUS, por exemplo. 

Para frear tamanha potência, de série há freios a disco ventilados e perfurados internamente, medindo 390 x 36 mm com pinças fixas de seis pistões no eixo dianteiro. Enquanto pinças flutuantes de um pistão de 360 x 26 mm vão no eixo traseiro. Opcionalmente, é possível pedir por direção ativa no eixo traseiro.


Mercedes-Benz/Divulgação
Mercedes-Benz/Divulgação

Em matéria de preços, eles ainda não foram divulgados. Esperar-se-ia que custasse até metade do valor das versões V8 (por terem metade dos cilindros), mas é provável que isso não aconteça. O modelo deverá custar entre 110 mil a 130 mil euros, o que em reais equivale a R$ 599.889 e R$ 708.960, respectivamente, em conversão direta.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.