Junto com a chegada do Cayenne a combustão reestilizado no fim ano passado, a Porsche abriu a pré-venda das versões híbridas. Agora, as primeiras unidades eletrificadas começam a chegar ao País, ao mesmo tempo que a marca alemã começa a reservar os carros da linha 2025.
Contudo, a opção de entrada, por exemplo, ficou R$ 80 mil mais cara em relação aos modelos da linha 2024, mesmo sem alteração de conteúdo. Todas tiveram aumento de preço – o maior reajuste foi para as versões Turbo E-Hybrid (SUV e Coupé), que chegou a R$ 165 mil. Ou seja, hoje o Cayenne mais barato do Brasil parte de R$ 770 mil – e pode chegar a R$ 1.410.000 na configuração de topo. São seis versões no total, sendo três híbridas e três a combustão, com carrocerias SUV ou cupê.
Veja a lista de preços da linha Cayenne 2025:
- E-Hybrid SUV – R$ 770 mil
- E-Hybrid Coupé – R$ 815 mil
- S E-Hybrid SUV – R$ 830 mil
- S E-Hybrid Coupé – R$ 870 mil
- S SUV – R$ 860 mil
- S Coupé – R$ 890 mil
- GTS SUV – R$ 930 mil
- GTS Coupé – R$ 960 mil
- Turbo E-Hybrid SUV – R$ 1.1300.00
- Turbo E-Hybrid Coupé – R$ 1.330.000
- Turbo GT Coupé – R$ 1.410.000
Facelift da terceira geração do Cayenne
Em 2023, a Porsche apresentou a reestilização de meia vida da terceira geração do Cayenne. Além das mudanças no visual, que foram relativamente discretas, o carro traz novidades entre equipamentos e na mecânica.
No design, destaque para a grade dianteira redesenhada, faróis com tecnologia Matrix LED mais finos e menos arredondados e novo capô. Atrás, a tampa do porta-malas tem novo desenho, a placa passa a ficar integrada no para-choque e as lanternas trazem estilo tridimensional.
Por dentro, a cabine ganhou ares parecidos com o elétrico Taycan, com seletor de câmbio deslocado para a lateral direita do volante para abrir espaço para o console central. Há agora uma nova tela curva de 12,6” para o painel de instrumentos digital, além de duas telas para comandos e entretenimento, uma central de 12.3” e uma apenas para o passageiro dianteiro, de 10,9” (opcional). Há comandos de voz, GPS nativo, conectividade para Apple CarPlay e Android Auto e carregador de celular por indução refrigerado.
Mecânica aprimorada
Apesar das diversas configurações do Cayenne, que passam de 700 cv de potência, avaliamos a versão de entrada E-Hybrid em um curto test-drive. Nesse modelo, o 3.0 V6 turbo, que gera 304 cv de potência, trabalha junto de um novo motor elétrico de 176 cv, entregando potência de 470 cv (8 cv a mais que no antecessor) e 66,3 mkgf combinados. O câmbio é automático de oito marchas e a tração, integral. Com esse conjunto, o SUV chega aos 100 km/h em 4,9 segundos e atinge velocidade máxima de 254 km/h.
De acordo com a Porsche, a capacidade da bateria aumentou de 17,9 kWh para 25,9 kWh. O sistema recupera agora até 88 kW de energia, um aumento de 26 kW comparado ao sistema anterior. Assim, a autonomia no modo totalmente elétrico agora é de 52 km, conforme dados do Inmetro. Ou seja, 20 km a mais que no modelo pré-facelift. Outra vantagem do híbrido é o bom consumo de combustível. O SUV roda 20,2 km/l na cidade e 18,7 km/l na estrada.
A suspensão pneumática adaptativa também recebeu melhorias. Antes o sistema tinha tecnologia com três câmaras e uma válvula, mas agora são duas câmaras e duas válvulas. Essa mudança, segundo a montadora, oferece um equilíbrio maior entre conforto e performance.
Ao volante
Ao entrar no SUV, a primeira coisa notável é a excelência no acabamento, com materiais de alta qualidade e macios ao toque. Também agradam as novas tecnologias com as telas de alta resolução configuráveis e de ótima visualização. Os comandos são práticos, como os novos ajustes de climatização ou o botão giratório dos modos de condução no volante, mas a princípio causa certo estranhamento o seletor de marchas meio escondido do lado direito em vez de ficar no console central.
Mas ao ligar o carro, a concentração do motorista se fixa unicamente no desempenho. Quando a bateria está carregada, a partida é silenciosa como em qualquer carro elétrico, mas é só dar uma provocada no acelerador para o V6 entrar em ação com um rugido grave e discreto. Desse modo, o Cayenne híbrido une o melhor dos dois mundos: é econômico e silencioso na cidade, mas não deixa sua performance afiada de lado.
O SUV é muito bom de dirigir, equilibrado e faz curvas de forma suave e com segurança. Entretanto, mesmo com as mudanças na suspensão, ela ainda é firme, voltada mais para uma condução esportiva. Mesmo que tenha ficado mais confortável, ainda dá para sentir bem os impactos na cabine ao passar por trechos esburacados, por exemplo.
Por mais que seja um modelo com o pedigree incontestável da Porsche, é um carro caro. Pode não ser à primeira vista quando olhamos alguns concorrentes, mas muitos dos equipamentos mais legais são pagos à parte. A marca sempre foi conhecida por seu alto nível de personalização, e até dá para aceitar que faróis HD Matrix ou assistente de visão noturna sejam opcionais. Mas itens como head-up display, ventilação nos bancos, assistente de faixa e controle de cruzeiro adaptativo são itens de série encontrados até em modelos mais baratos.
Ficha técnica – Porsche Cayenne E-Hybrid SUV
- Motor 3.0 V6 (304 cv) + elétrico (176 cv)
- Potência combinada 470 cv
- Torque combinado 66,3 mkgf
- Autonomia elétrica 52 km
- Câmbio Automático, 8 marchas
- Tração integral
- 0 a 100 km/h 4,9 segundos
- Velocidade máxima 254 km/h
- Comprimento 4,93 m
- Altura 1,69 m
- Largura 1,98 m
- Entre-eixos 2,89 m
- Porta-malas 627 litros
- Preço sugerido R$ 770 mil
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