Quando encerrou a produção de carro no Brasil, no comecinho de 2021, a ideia da Ford era abandonar o segmento popular e focar em carros mais caros. E foi o que fez. Passou, então, a importar apenas modelos da linha premium, como Bronco Sport, Mustang, Territory, Ranger e companhia. Agora, com o fenômeno da invasão chinesa, a fabricante quer, globalmente, dar um passo para trás e voltar aos modelos populares. Será, então, a volta dos hatches e compactos?
Não! A história não é bem assim. É, de fato, provável que a Ford relance modelos populares, como Fiesta e Focus. Entretanto, como carros elétricos. Tais modelos, mais baratos, compactos e eficientes, buscariam formar barreira contra as vendas de modelos chineses no segmento de baixo custo. E, como na guerra vale tudo, a Ford quer apelar também para a nostalgia.
E os planos estão tão avançados que, de acordo com o site britânico Autocar, tem até uma nova plataforma (codinome Skunkworks) em desenvolvimento para tornar essa nova ofensiva possível. Inclusive, a iniciativa é liderada por um ex-engenheiro da Tesla. A publicação ainda fala em profissionais que já atuaram em empresas como Rivian, Apple e até mesmo na Fórmula 1.
A ideia da Ford é, a princípio, usar baterias de fosfato-ferro-lítio (LFP). Afinal, são mais baratas, duráveis e têm mais desempenho em diversas condições climáticas. Ou seja, os planos incluem diversos mercados mundo afora. Segundo a publicação, o primeiro da fila é o Ford Puma. Desconhecido no Brasil, mas sucesso de vendas na Europa. A previsão fica entre 2026 e 2027. O que pode respingar no mercado nacional ainda é mistério, mas, certamente, vem.
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