Um situação inusitada tem acontecido na região sul do Brasil, mais especificamente em Foz do Iguaçu, no Paraná, na fronteira com a Argentina. Isso porque carros oriundos do país vizinho estão ingressando por aqui com placas feitas de…papel! É isso mesmo. Mas há uma explicação.
De acordo com a Direção do Registo Nacional de Propriedade Automóvel (DRNPA) e da Casa da Moeda da Argentina, não há material para a fabricação das identificações metálicas e envernizadas (que são iguais do Brasil, do tipo Mercosul).
Segundo parte da imprensa argentina, a escassez do material se dá por medidas tomadas pelo governo do presidente Javier Milei e um suposto corte de gastos. Outras mídias informam que os equipamentos que produzem as placas de metal estão impossibilitados de produzir por falta de manutenção. Fora isso, também houve aumento na demanda pelas placas de identificação.
Carros podem rodar no Brasil
O governo argentino então achou uma solução: começar a emitir placas feitas de papel para os carros, mas em caráter provisório. E, como estamos em época de festas e férias, a Argentina pediu autorização ao Brasil para que esses automóveis pudessem rodar no nosso país.
Desde o dia 30 de dezembro de 2024, a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) concedeu a licença para os veículos entrarem no Brasil com essas placas, digamos, alternativas. Mas há regras e condições para isso. A primeira é que a identificação deve estar em boas condições, não ter rasgos, amassados e/ou rasuras. Além disso, os dados precisam estar totalmente preenchidos e legíveis.
Por fim, a “placa” precisa estar posicionada em local visível. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi avisada e, assim como os órgãos de trânsito, será responsável pela fiscalização dos carros argentinos com placas de papel enquanto estiverem rodando no Brasil.
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