O software Full Self-Driving (FSD) da Tesla tem atuação restrita à algumas áreas América do Norte, mas, recentemente, a montadora ampliou essa área para incluir o México, um mercado com condições de trânsito bem diferentes das dos EUA. A expansão faz sentido para a empresa, ao adicionar mais diversidade aos dados coletados, aprimorando o treinamento do sistema de condução autônoma, por exemplo.
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— Tesla AI (@Tesla_AI) February 11, 2025
A Tesla tem feito avanços no desenvolvimento do FSD, especialmente com o lançamento da versão 13 em dezembro de 2024. Além de ser essencial para os veículos da marca e o futuro serviço de robo-táxis, a tecnologia também desempenha um papel importante no funcionamento do robô humanoide Optimus, ajudando-o a interagir com o ambiente.
Entretanto, apesar dos avanços, o sistema ainda precisa de melhorias. Para isso, a montadora americana analisa vídeos de situações reais de tráfego, enviados por seus veículos, processando-os em seus datacenters de IA. Assim, os resultados dessas análises são usados para aperfeiçoar o sistema, tornando-o mais seguro e eficiente.
Sistema FSD da Tesla continua em treinamento
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Contudo, há um limite para a variedade dos cenários capturados. Com o tempo, os dados coletados começam a se repetir, tornando-se menos úteis para o treinamento da IA. A inclusão do México na cobertura do FSD pode ser mais relevante do que parece, ao oferecer novos desafios e informações que ajudarão a aprimorar o sistema para diferentes condições de tráfego, por exemplo.
A Tesla Owners Mexico anunciou a novidade na plataforma X.com (antigo Twitter), com confirmação da equipe de IA da montadora. Ainda não há informações sobre assinatura ou restrições de área, mas o FSD pode ser adquirido por 177.200 pesos mexicanos (aproximadamente R$ 50 mil).
A expansão do FSD para novos mercados é fundamental para torná-lo financeiramente viável e para aprimorar suas capacidades. No entanto, regulações rigorosas em regiões como Europa e China podem dificultar esse avanço. Embora o software tenha evoluído, ainda há riscos envolvidos, e a Tesla insiste que os motoristas supervisionem seu funcionamento, motivo pelo qual agora o denomina “FSD (Supervised)” em vez de “FSD Beta”.
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