Belisa Frangione
O catalisador, importante componente do sistema de escapamento do veículo, é uma espécie de “filtro”. Ele reduz o efeito nocivo de vários gases gerados pela queima do combustível no motor por meio de reações químicas ativadas por metais presentes em seu núcleo, como ródio, platina e paládio. Em caso de defeito, não é possível reparar a peça, que pode custar mais de R$ 7 mil.
Apesar de não necessitar de manutenção periódica, o catalisador pode apresentar problemas caso não sejam tomados alguns cuidados simples. Seu principal inimigo é o combustível adulterado.
“A peça original do carro dura mais de 80 mil quilômetros. Mas combustível ‘batizado’ pode saturar a estrutura metálica e danificar o sistema”, diz o gerente de vendas e marketing da Umicore, fabricante de catalisadores, Alexandre Achcar.
O mecânico Pedro Luiz Scopino, dono da oficina que leva seu sobrenome (3955-2086), na zona norte, afirma que a peça não tem conserto. A troca parte de R$ 300 e, dependendo do carro, pode custar R$ 3 mil.
Na autorizada Chevrolet Carrera (4002-1515), na zona sul, o catalisador para um Celta 1.0 custa R$ 2 mil. Já para o Camaro, o preço é de R$ 7.705.
Defeitos são difíceis de notar. “Geralmente, o primeiro sinal é o consumo de combustível acima do normal. Impactos fortes podem romper a parte cerâmica”, diz Achcar. “Nesse caso, surge um ruído similar ao de um chocalho.” Os efeitos são a liberação de gases nocivos ao homem, como o monóxido de carbono (CO).
“Além do combustível adulterado, a falta de manutenção de velas e filtros pode reduzir a durabilidade do componente”, explica Scopino.
Para o conselheiro da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil) Francisco Satkunas, o aspecto mais grave da perda de eficiência da peça é ambiental. “Se não forem filtrados, os gases afetam a saúde e o meio ambiente.”
(Confira a fan page do Jornal do Carro no Facebook: https://www.facebook.com/JornaldoCarro)