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Cuide bem de vidros e travas
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Cuide bem de vidros e travas

José Antonio Leme Ficar livre do risco de mau funcionamento de vidros e travas elétricos é bem simples. Segundo especialistas,... leia mais

20 de jun, 2013 · 5 minutos de leitura.

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 Cuide bem de vidros e travas

José Antonio Leme

Ficar livre do risco de mau funcionamento de vidros e travas elétricos é bem simples. Segundo especialistas, basta não forçar o sistema e fazer a manutenção preventiva corretamente. Em caso de defeito, contudo, o prejuízo pode chegar a R$ 1 mil.

“É raro haver quebra dos solenoides que acionam o sistema (de travas elétricas),” diz o conselheiro da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE) Francisco Satkunas.

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Nos caso dos vidros, há dois tipos de sistema, com acionamento por cabo de aço ou por “tesouras”, como são chamados os braços feitos de aço que elevam e baixam o vidro. “O cabo se deteriora mais rapidamente que a ‘tesoura’. Portanto, é um item que exige trocas ou reparos com mais constância”, explica Satkunas.

CUIDADOS
O especialista recomenda que o motorista suba e desça todos os vidros do veículo pelo menos uma vez por semana. O objetivo é manter o sistema bem lubrificado. Outra providência simples que aumenta a durabilidade do conjunto é aplicar um jato de spray de silicone nas canaletas de borracha a cada dois meses, em média.

Outra precaução bem-vinda é verificar se as borrachas de vedação do vidro não têm rachaduras ou desgaste acima do normal. Em caso de rachaduras, por exemplo, o motor elétrico que aciona o vidro ficará sobrecarregado.


Entre os sinais de que o sistema está com problema estão ruídos e dificuldade para o vidro deslizar, seja na hora de abrir ou fechar. Quanto mais cedo o motorista procurar uma concessionária ou oficina especializada, menor será o risco de complicações.

PREÇOS
Na Outlet Car (4323-3259), oficina na zona sul, trocar o sistema de vidros elétricos custa entre R$ 200 e R$ 1 mil, dependendo dos componentes e do modelo do veículo. Já o reparo das trava elétricas pode variar de R$ 190 a R$ 280.
De acordo com profissionais da JSR (3872-3340), a maioria dos casos de defeito nos vidros elétricos é causada pelo rompimento do cabo de aço e pelo desgate das roldanas. A recomendação é trocar essas peças, uma vez que nem sempre é possível fazer o reparo.

Na oficina, que fica na zona oeste da capital, a substituição desses componentes tem preços entre R$ 180 e R$ 250. Já a troca do motor da trava elétrica custa de R$ 60 a R$ 90.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”