Gostaria de saber como se faz ligação direta, a famosa “chupeta”, para o caso de algum dia a bateria do meu carro “arriar”. Essa prática pode estragar o veículo e/ou a bateria?
BETINA DONIZETE,
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RESPOSTA
A “chupeta” não causa problemas ao carro ou à bateria, segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Milton Monteiro.
Ele afirma que é preciso cuidado para não prejudicar o veículo que fornecerá a carga e dá duas recomendações: prestar atenção aos polos da bateria para não errar a conexão e manter o motor do carro “doador” ligado e, de preferência, acelerado antes de dar a partida no modelo que receberá a carga.
Quanto ao procedimento, não há mistério. Basta dispor de outro veículo ou de uma bateria carregada com a mesma amperagem da instalada no modelo que sofreu pane, além de cabos para fazer a conexão – se possível, de cores diferentes, como vermelha e preta. O vermelho deve ser conectado ao polo positivo da bateria carregada.
Em seguida, a outra extremidade deve ser plugada no polo positivo da bateria que precisa de carga. Só depois de fazer isso o cabo preto deve ter uma extremidades ligada ao polo negativo da bateria carregada e a outra ponta conectada no polo negativo da bateria arriada.
Feito isso, dê a partida no carro que cederá a carga. Passados alguns minutos, acione o motor do que está com defeito. Se o problema for falta de carga, o motor do carro defeituoso deverá dar partida após algumas tentativas. Após a aceleração se estabilizar, desconecte os cabos e, se possível, rode alguns quilômetros ou deixe o veículo ligado por cerca de cinco minutos.
Para que o motorista não fique na mão, Monteiro recomenda levar o carro a um eletricista para descobrir o que ocasionou a descarga da bateria. Entre as causas mais comuns de pane estão esquecimento de componentes ligados, como as luzes. Mas pode ser sinal de que está na hora de trocar a bateria.