Tenerife, Espanha
As motos italianas são temperamentais, lindas e, como toda boa latina, ariscas. Ou melhor: eram. A nova versão 1200 da Ducati Monster, que chega ao País na virada do semestre por R$ 57 mil (na versão S são R$ 64.900), mostra que as coisas andam mais calmas em Bolonha, onde fica a sede da marca.
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A mais potente das Monster é também a mais fácil de andar. Com 47,5% da distribuição de peso na dianteira (antes eram 50%), a ciclística melhorou, assim como a capacidade de frenagem. Isso porque a massa está concentrada atrás – na S o sistema é 19% mais eficiente.
A embreagem é precisa, mas ainda é complicado achar a posição Neutro. No manete e pedal da transmissão houve grande melhoria. Com pneus Pirelli Diablo Rosso II, a moto é boa de curva, mas deve-se liberar a aceleração e deitar. Ela não aceita ser inclinada na marra.
A posição de pilotagem é excelente. Os bancos mais largos e oferecem conforto e a boa altura do guidão e assento facilitam a vida até dos baixinhos.
Apesar de os números não empolgarem, na prática os 135 cv e 12 mkgf são mais que suficientes para chegar rapidamente a 140 km/h. Acima disso, a Monster não tem proteção suficiente contra o vento e pilotar vira um suplício. A ampla curva de torque, até 12 mil rpm, deixa a Ducati muito boa na hora de retomar velocidade.
O novo motor Testastretta 11° de dois cilindros em “L”, refrigerado a líquido, vibra pouco, mas embola de leve em baixa velocidade. Na versão S, os 145 cv dão uma dose extra de alegria.
Há três modos de condução: Urban, Touring e Sport. Na primeira, a potência vai a até 100 cv. Na Touring, os 135 cv são liberados de forma suave, enquanto no Sport são jogados como se não houvesse amanhã.
PÓS:
Posição de guiar – É possível pilotar a italiana por horas seguidas sem cansar.
CONTRAS:
Aerodinâmica – Farol baixo e tanque bojudo ‘jogam’ ar ao peito do piloto.
VIAGEM FEITA A CONVITE DA DUCATI