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CBR 500 R manda bem
Avaliação

CBR 500 R manda bem

A partir R$ 23 mil, nova Honda é confortável, prática e fácil de guiar

19 de fev, 2014 · 4 minutos de leitura.

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 CBR 500 R manda bem
Design da 500 R é inspirado na CBR 1000 RR

Apresentada ao público durante o Salão Duas Rodas, em outubro, só agora a CBR 500 R começa a chegar às autorizadas a partir de R$ 23 mil (os freios ABS custam mais R$ 1,5 mil). Produzido em Manaus e com motor de 50,4 cv, o segundo modelo da “família” 500 comprova a máxima de que as motocicletas da Honda são fáceis de pilotar e as mais dóceis em suas respectivas categorias.

O chassi é o mesmo da naked F. Em relação à “primogênita”, a esportiva se diferencia por ter carenagem integral, além de semiguidões e bengalas da suspensão dianteira com maior diâmetro. Por isso ela pesa 3 kg a mais que a “irmã”. O painel digital é completo. Nele é fácil de ler as principais informações do modelo.

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Seu motor de dois cilindros paralelos gera 4,3 mkgf de torque a 7.000 rpm e o câmbio tem seis marchas. Trata-se da mesma mecânica da F.

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NA PISTA

Apesar de não ser estar em seu hábitat, que são as ruas e avenidas, a pequena esportiva foi bem durante a avaliação feita em um autódromo. Deu para comprovar que, apesar ter comportamento dócil, ideal para motociclistas iniciantes no segmento de média cilindrada, a CB 500 R agrada até os mais experientes.

O banco e a posição de pilotar são mais confortáveis que os de esportivas “bravas”. E as pedaleiras, próximas ao chão, proporcionam conforto para as pernas.


O bicilíndrico preza pelo torque em baixas rotações. Responde rápido em saídas de curva e não dá sinais de sofrer de falta de fôlego.

As suspensões são firmes na medida certa e o sistema pode ser regulado na carga da mola traseira. Os freios a disco, simples nas duas rodas, cumprem sua tarefa sem sustos.

Como faz parte da tradição das CBR, a 500 R terá uma categoria no Superbike Brasil. Trem de força e freios não poderão ser alterados, mas haverá pedaleiras mais altas e escapamento sem restrições.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”